Testes “muito positivos” na Holanda
A Holanda foi um dos países que começou a fazer testes com meios tecnológicos auxiliares da arbitragem, nos jogos da Taça, e a experiência está a ter bons resultados. “Apesar de ter tornado os jogos mais lentos, o videoárbitro foi decisivo em várias ocasiões e, como foram tomadas decisões correctas, a reacção geral foi muito positiva. Também deu mais autoridade aos árbitros e os jogadores não têm argumentos para contestar as decisões porque têm consciência que alguém analisou cuidadosamente as imagens”, explicou ao PÚBLICO o co-autor do blogue BeNeFoot, sobre futebol holandês e belga, Michiel Jongsma.
O golo anulado ao AZ Alkmaar, aos 90'+4’ da meia-final contra o Cambuur, foi um dos momentos com mais impacto (o encontro foi para prolongamento e, no desempate por penáltis, o AZ venceu), assim como a expulsão de Anouar Kali, do Willem II, por uma entrada dura sobre um adversário do Ajax, que inicialmente tinha sido punida apenas com cartão amarelo. “O ritmo do jogo é cada vez mais rápido e os adeptos aceitam que é necessário garantir que os árbitros têm a ajuda de que precisam para tomar as decisões”, notou Jongsma, acrescentando: “E os árbitros estão satisfeitos com a experiência.”
A utilização de videoárbitro ajudou a pacificar o debate futebolístico e será alargada à Liga holandesa em 2018-19, anunciou Mike van der Roest, o responsável federativo pelos testes com meios tecnológicos. No campeonato já está a ser utilizada tecnologia de linha de baliza, também com grande impacto: aquele que poderá revelar-se um golo decisivo para o desfecho do campeonato foi validado pelo sistema de vídeo no Feyenoord-PSV. Após uma defesa, o guardião do PSV, Zoet, puxou a bola para o peito fazendo-a passar a linha e dando o triunfo ao Feyenoord.