"A introdução do videoárbitro vai trazer mais calma ao futebol nacional"

Três perguntas a Luciano Gonçalves, presidente da APAF

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Luciano Gonçalves DR

O presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) mostra-se satisfeito com a entrada em acção do videoárbitro, mas frisou que, ainda mais importante, é a mudança das mentalidades.

O vídeoárbitro vai contribuir para a pacificação do futebol português?

Claro que sim. A introdução do videoárbitro vai trazer mais calma ao futebol nacional. No entanto, o mais importante é que mudem as mentalidades. Se elas não mudarem o videoárbitro acabará por não mudar assim tanto. No entanto, em termos teóricos, entendemos que é uma ajuda muito grande para os árbitros, que sempre apoiaram a medida.

Esta tecnologia irá ajudar a diminuir e esvaziar as discussões em torno das decisões dos árbitros que ocorrem em vários programas televisivos?

Não irá esvaziar se os formatos desses programas forem concebidos para alimentar essas polémicas e muitos são. Mas a probabilidade de existirem lances controversos vai diminuir com a introdução do videoárbitro. Mas é importante que as pessoas tenham consciência de que os erros arbitrais não vão ser eliminados, embora a tendência é a de que passem a existir menos e, só isso, será uma grande ajuda.

A introdução do videoárbitro não poderá levar a uma certa desresponsabilização do árbitro que está em campo, uma vez que sabe que tem o apoio das imagens televisivas?

Não. Esta tecnologia tem que ser encarada como uma ferramenta para um trabalho de equipa. O videoárbitro passa a ser mais um elemento a fazer parte da equipa de arbitragem. Não haverá nenhuma atitude de menor rigor por parte dos árbitros de campo, até porque o videoárbitro não será utilizado tantas vezes como isso durante um jogo. J.M.M.

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