Horta, nos Açores, vai investir dez milhões de euros na requalificação da frente-mar

A Câmara Municipal da Horta vai desenvolver 42 projectos de intervenção para requalificar a cidade e melhorar as acessibilidades durante os próximos cinco anos.

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Manuel Roberto

A Câmara Municipal da Horta (CMH), nos Açores, vai investir até 2022, cerca de dez milhões de euros na obra de requalificação da frente-mar da cidade, obra que considera prioritária para o futuro do concelho.

"Este projecto representa uma mudança de paradigma! Queremos projectar a cidade para os próximos 50 anos", sublinhou hoje o presidente da autarquia, o socialista José Leonardo Silva, em conferência de imprensa, na Horta, na apresentação do projecto final.

A obra, que contempla a requalificação de cerca de uma dezena de artérias citadinas, a construção de um jardim junto ao mar e a criação de parques de estacionamento, foi aprovada por unanimidade em reunião de Câmara, onde têm assento vereadores do PS e do PSD (que estão em minoria).

"Este foi o projecto que teve maior discussão em todo o concelho", destacou o presidente da autarquia, recordando que cerca de "um milhar de pessoas" se pronunciou sobre a obra, durante a fase de discussão pública do projecto, que foi lançado a concurso em 2012.

A obra, que será dividida em cinco fases, contempla intervenções em todo o litoral da cidade da Horta, englobando 42 projectos específicos de intervenção, com o intuito de requalificar a cidade e melhorar as acessibilidades.

"Esta obra permitirá criar mais emprego e dar um novo impulso à nossa economia", insistiu o autarca, garantindo que, apesar da complexidade da intervenção prevista, os trabalhos vão arrancar "ainda este ano".

Um dos objectivos inicialmente propostos, quando foi lançado o estudo prévio de requalificação da frente-mar, era o de reduzir o tráfego de viaturas pesadas no centro da cidade, embora esse propósito estivesse dependente do arranque da 2ª fase da variante à Horta, que nunca avançou.

Confrontado com esta aparente contradição, José Leonardo Silva disse que o objectivo de reduzir o trânsito de pesados mantém-se, mas garantiu que a Câmara da Horta "não vai esperar por ninguém", uma vez que "uma obra não invalida as outras".

As várias intervenções previstas até 2022 na frente-mar da cidade têm um custo aproximado de dez milhões de euros, contemplando intervenções em áreas geridas pelo Governo Regional e pela empresa pública Portos dos Açores, SA.

Além das obras de requalificação dos espaços públicos, a autarquia faialense espera que os proprietários das moradias situadas junto das zonas intervencionadas aproveitem a oportunidade para reabilitar também o parque habitacional.