Nortada em cinco versões, para beber no Porto e arredores
Cerveja é produzida numa fábrica criada na Baixa do Porto e cuja instalação representa um investimento de três milhões de euros
Tem um rótulo azul com letras amarelas e um “N” na tampa que remete para a marca da bebida que a Fábrica de Cervejas Portuense andava a testar e produzir há meses, e que foi revelada na manhã desta sexta-feira: a cerveja do Porto e arredores chama-se Nortada e tem variedades com nomes das freguesias da cidade.
A distribuição dos primeiros 50 mil litros de cerveja produzidos no centro do Porto já começou na passada quarta-feira e Tiago Talone, que, com Pedro Mota, criou a empresa, explica que já é possível beber Nortada em bares e restaurantes da cidade, além de Vila Nova de Gaia, Maia, Matosinhos e Espinho. A cor e sabor da sua cerveja fica à sua escolha.
A “mais normal” é uma Porto Lager, de cor clara e 100% malte. Depois, há as outras quatro variedades. A Nortada Bonfim é uma Vienna Lager, de tom acobreado; a de Massarelos é uma India Pale Ale, de onde Tiago Talone diz ser possível extrair “um aroma a frutos tropicais”, desde que se deixe repousar um pouco a bebida; Miragaia transformou-se em Brown Porter, com o seu tom acastanhado e “fácil de beber”, diz o empresário; e Campanhã é uma Imperial Stout “com bastante álcool” e de onde se diz saírem sabores a café e chocolate preto.
No futuro, a Fábrica de Cervejas Portuense vai incluir também um bar e um restaurante, onde a estrela será a bebida ali produzida – nestas e noutras variedades que venham a ser criadas pelos dois mestres cervejeiros, Diana Canas e Francisco Santos –, mas as obras nestes espaços ainda continuam e não se arrisca uma data para a abertura, apesar de os responsáveis da empresa esperarem ter as portas abertas no Verão.
Na apresentação desta sexta-feira, Tiago Talone defendeu a “qualidade superior” da nova cerveja disponível no mercado nortenho, que diz assentar em três características – a fábrica criada de raiz, o pessoal que ali trabalha e as matérias-primas utilizadas. Por causa disso, e do que o empresário diz ser “uma determinada arrogância simpática das pessoas do Norte, que dizem com orgulho ser as melhores”, a assinatura que pode ser encontrada em cada uma das garrafas de 33 ou 75 centilitros é “Genuinamente Melhor!”. Com ponto de exclamação e tudo, para reforçar a ideia, brinca Talone.
A criação da Fábrica de Cervejas Portuenses implicou um investimento de três milhões de euros, suportado, em parte, por um conjunto de investidores que, em parte, também se juntou à cerimónia de apresentação.
Há pouco mais de um mês, Diana Canas explicava ao PÚBLICO que a nova cerveja em produção fora pensada e direccionada “para as pessoas do Porto”. Agora, já é possível perceber a que é que isso sabe. Saboreie lá se se reconhece em algumas destas Nortadas.