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Lisboa é uma das cinco cidades na corrida para Capital Europeia Verde de 2019

Ghent (Bélgica), Lahti (Finlândia), Oslo (Noruega) e Tallin (Estónia) são as outras quatro cidades a concorrer ao título atribuído pela Comissão Europeia.

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LM miguel Manso

A capital portuguesa pode ser o próximo exemplo a seguir para as cidades europeias que queiram aderir a medidas “amigas do ambiente” e que promovam um desenvolvimento sustentável. A cidade está entre as cinco finalistas para receber o título de Capital Europeia Verde de 2019.

O prémio é atribuído todos os anos pela Comissão Europeia a uma cidade da Europa com mais de 100 mil habitantes. O objectivo é “reconhecer os esforços” das cidades que apresentam um plano para se tornarem “amigas do ambiente” e que envolvem a sua população na sustentabilidade ambiental, social e económica.

O comissário da União Europeia para o Ambiente disse em comunicado que a organização recebeu, este ano, um número recorde de candidaturas e que os finalistas chegam agora “dos quatro cantos da Europa”. Karmenu Vella acredita que “a diversidade de experiências que os nomeados trazem mostra que há muitos e variados caminhos para as cidades se tornarem centros verdes modernos”.

Agora, Lisboa e as outras quatro concorrentes vão ter de convencer o júri que estão empenhadas num desenvolvimento ecológico sustentável e que conseguem servir de exemplo enquanto cidades-modelo e trazer soluções inovadoras para os problemas mais recorrentes nas urbanizações modernas.

Em reacção, a câmara de Lisboa sublinhou que é a primeira vez que uma capital do sul da Europa foi seleccionada. "Nos últimos anos, a cidade tem vindo a melhorar substancialmente em todos os parâmetros ambientais: infra-estrutura verde, água, energia, mobilidade, qualidade do espaço público e resíduos", acrescenta a autarquia em comunicado.

Mais de dois terços dos europeus vivem em áreas urbanas, diz o comunicado enviado esta quarta-feira pela Comissão Europeia, o que resulta em dificuldades relacionadas com o consumo de energia, poluição, habitação, desemprego, transporto e qualidade das águas. A Comissão Europeia acredita que o prémio pode ser “inspirador” para outras cidades que queiram assim seguir os passos da vencedora e diminuir a sua pegada ecológica.

Até agora foram premiadas nove cidades com o primeiro prémio, em 2010, a ir para a capital sueca. A cidade mais verde em 2018 já está escolhida. Nijmegen é considerada a cidade mais antiga dos Países Baixos e vai liderar o caminho na Europa para um futuro mais sustentável.

O vencedor para o ano de 2019 será anunciado a 2 de Junho deste ano em Essen, a cidade alemã que é actualmente a capital verde da Europa.

Para premiar as cidades com menos habitantes, a Comissão Europeia criou outro prémio. O Folha Verde Europeia (European Green Leaf Award) reconhece as cidades com 20 mil a 100 mil habitantes e foca-se na criação de postos de trabalho e “no crescimento mais verde”. Torres Vedras, no distrito de Lisboa, foi a primeira vencedora do prémio que já contou com três edições. Os finalistas de 2018 são Leuven (Bélgica), Ludwigsburg (Alemanha) e Växjö (Suécia).

Texto editado por Ana Fernandes

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