Quem são as vítimas do ataque a Westminster?

Entre as três vítimas mortais do atentado em Londres, dois são cidadãos estrangeiros e o outro era um dos polícias que guardava o Parlamento.

Keith Palmer, o polícia que morreu quando tentava travar o autor do ataque
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Keith Palmer, o polícia que morreu quando tentava travar o autor do ataque EPA/LONDON METROPOLITAN POLICE / HANDOUT
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Kurt Cochran estava em Londres com a mulher a celebrar o 25.º aniversário de casamento FACEBOOK
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Aysha, espanhola, e o marido, português, viviam em Londres FACEBOOK

Keith Palmer

Foi desarmado que Keith Palmer tentou travar o autor do ataque terrorista, mas não sobreviveu aos golpes de faca que lhe foram desferidos. Há 15 anos nas forças de segurança, Palmer, de 48 anos, fazia parte do comando de protecção do Parlamento britânico da Scotland Yard. Era casado e tinha dois filhos. O deputado Tobias Ellwood ainda tentou reanimá-lo, sem sucesso. “Era um herói, as suas acções nunca vão ser esquecidas”, declarou a primeira-ministra britânica, Theresa May. Em menos de 24 horas, foram doadas cem mil libras para apoiar a família de Palmer.

Kurt Cochran

O norte-americano originário do Utah estava em Londres com a mulher, Melissa, para celebrar o 25.º aniversário de casamento. Tinham o regresso programado para esta quinta-feira. A mulher partiu uma perna e uma costela e estava nesta quarta-feira à tarde a ser tratada num hospital. O casal pertencia à Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias e os pais de Melissa são missionários mórmones em Londres. Segundo o The Guardian, Kurt e Melissa eram donos do Onion Street Studio, um estúdio de gravações em Utah onde Kurt também trabalhava como produtor musical e engenheiro de som.

Membros da família de Kurt Cochran confirmaram a sua morte através do Facebook. Na publicação, a família de Kurt diz-se de coração partido. “Kurt era um bom homem e um marido carinhoso para a nossa filha e irmã, Melissa”, lê-se.  “A Melissa sofreu ferimentos graves durante o ataque e está a ser tratada no hospital. Expressamos a nossa gratidão à equipa médica e de emergência que cuidaram deles, e pedimos que rezem pela Melissa e pela nossa família. Teremos muitas saudades do Kurt, e pedimos privacidade neste momento de luto e enquanto a Melissa recupera dos seus ferimentos.”

Aysha Frade

Esta galega de 43 anos, que nasceu no Reino Unido e era casada com um português, estava a caminho da escola das filhas, segundo o jornal La Voz de Galicia. Filha de pai cipriota e mãe espanhola, Aysha vivia em Londres, onde os seus pais se terão conhecido, e estava a sair do emprego quando se deu o ataque em que foi atropelada. Trabalhava no DLD College, localizado a poucos metros da ponte de Westminster, onde dava aulas de espanhol.

Colegas de Frade falaram esta quinta-feira sobre a sua morte. “Estamos todos profundamente chocados e entristecidos. Todos os nossos pensamentos e condolências estão com a sua família”, disse Rachel Borland, reitora do colégio onde Aysha Frade trabalhava, citada pelo jornal britânico The Guardian. “Vamos oferecer-lhes todo o apoio possível enquanto tentam lidar com esta perda devastadora. A Aysha trabalhava como um membro da equipa de administração do colégio. Ela era altamente admirada e adorada pelos estudantes e colegas. Todos nós sentiremos a sua falta.”

Aysha Frade tinha família na cidade espanhola de Betanzos, na Galiza. O presidente de câmara, Ramón García Vázquez, falou sobre a vítima. “Eu não a conhecia, mas ela tinha duas irmãs, donas de uma escola de inglês, e outros familiares aqui na cidade”, disse. “É uma tragédia. Há pessoas aqui no edifício que a conheciam e à sua família e estão profundamente afectados.”

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