“Ele foi alguém que seguiu para o trabalho na expectativa de regressar a casa no fim do seu turno e tinha todo o direito de esperar que isso iria acontecer”, afirmou, em conferência de imprensa, Mark Rowley, da Scotland Yard, quando revelou a identidade do polícia morto à porta do Parlamento britânico esta quarta-feira. Keith Palmer tinha 48 anos e dedicou 15 à polícia de Londres. “Era marido e pai”, acrescentou Rowley.

Depois de ter sido esfaqueado pelo atacante, Palmer foi ainda assistido pelas equipas de emergência e pelo deputado e sub-secretário dos Negócios Estrangeiros Tobias Ellwood, num dos actos heróicos do dia de terror em Londres. Mas o membro do comando de protecção parlamentar e diplomática da Polícia Metropolitana de Londres, a Scotland Yard, não resistiu aos ferimentos e acabou por perder a vida.

O marido da deputada britânica Jo Cox, que foi morta uma semana antes do referendo sobre o Brexit em Junho do ano passado, não tem dúvidas de que o nome de Keith Palmer é aquele que vai ser lembrado. “Não me interessa o nome do atacante. Este é o nome que vou recordar”, afirmou Brendan Cox no Twitter.

Também o presidente da câmara de Londres, Sadiq Khan, prestou homenagem ao polícia morto, afirmando que Palmer “personifica os bravos homens e mulheres da nossa polícia e serviços de emergência que trabalham para nos manter seguros – esta noite todos os londrinos lhe estão agradecidos”.

Assim que soube a identidade do polícia, o deputado conservador James Cleverly reconheceu o nome. “Conhecia o Keith há 25 anos”, escreveu no Twitter, afirmando que Palmer era um “homem adorável, um amigo": "Estou com o coração partido."