“Esta é a história de uma empresa familiar. É a sequência de actividades que os meus pais e avós faziam. Eu e o meu irmão juntámos dois tipos de conhecimento: um mais na área da produção, outro na área de comercialização. Começámos debaixo da nossa casa, onde, numa parte, fazíamos o armazenamento de leite e, noutra, a produção e a cura dos queijos”. Foi assim que a fábrica de queijos Braz & Irmão surgiu, conta José Agostinho.

Vinte e cinco anos passaram. O negócio foi crescendo e hoje estes queijos chegam um pouco a todo o lado. “Uma das nossas características foi sempre privilegiar o comércio tradicional, mas, a partir de uma certa altura, foi preciso entrar nas grandes superfícies”. Estão presentes um pouco por todo o continente e na Madeira, exportam com regularidade para França e Luxemburgo, e de forma menos regular para o Brasil, Angola, Canadá, EUA, Macau e até para Israel. Isto porque foram “a primeira empresa na Península Ibérica a fazer certificação kosher do queijo, depois da expulsão dos judeus pelos reis católicos”, diz José com orgulho.

Trabalham exclusivamente com leite da região e respeitam as características de produção e transformação tradicionais, apesar de modernizadas. José acredita que é isso que os diferencia e que lhes dá notoriedade: “Não queremos entrar no processo de massificação de produtos que são essencialmente regionais; que são endógenos e que têm características muito próprias. Orgulha-nos muito podermos representar efetivamente aquilo que de melhor se produz aqui na região”.

No vídeo de hoje, visitámos a fábrica de queijos Braz & Irmão, em Peraboa, na Covilhã, para um vislumbre do processo de fabrico do conhecido queijo da serra.