Ucrânia e sanções na agenda do encontro Putin-Merkel, a 2 de Maio
“Dê os meus melhores cumprimentos à chanceler”, disse Putin a Horst Seehofer, primeiro-ministro do estado da Baviera que esteve em Moscovo.
Angela Merkel vai visitar Moscovo no dia 2 de Maio para conversações com Vladimir Putin, anunciou o Presidente da Rússia. Este será o primeiro encontro bilateral desde a anexação da Península da Crimeia pela Rússia, em 2014.
A agenda da visita ainda não foi divulgada, mas as conversações deverão centrar-se na crise da Ucrânia, nas sanções europeias à Rússia, nas relações comerciais e nas preocupações alemãs sobre a possível interferência da Rússia nas eleições parlamentares de Setembro.
Ainda não há dados relativamente ao possível levantamento das sanções impostas a Moscovo devido à crise ucraniana, mas a visita da líder alemã pode significar que a Alemanha, uma das nações mais poderosas da União Europeia, está disposta a negociar com o Kremlin.
“Dê os meus melhores cumprimentos à chanceler”, disse Putin a Horst Seehofer, primeiro-ministro do estado da Baviera, que estava em Moscovo na quinta-feira. “Estamos à espera da sua visita no dia 2 de Maio”, acrescentou Putin. Seehofer confirmou a visita.
Não será a primeira vez que Putin e Merkel se reunem. Já conversaram em várias ocasiões desde o início da crise ucraniana. Contudo, esses reuniões foram notas de rodapé em encontros multilaterais. Em termos de protocolo diplomático, uma visita tem uma maior importância.
De acordo com os sites do Kremlin e da chancelaria alemã, o último encontro foi em Junho de 2013, quando Merkel foi à cidade de São Petersburgo a convite de Putin.
A relação entre a líder alemã e o líder russo mudou depois de Merkel ter estado na linha da frente da condenação da União Europeia às acções russas na Crimeia e na Ucrânia, onde existe um movimento separatista pró-Rússia na parte Leste do país.
Merkel, que desempenhou um papel fundamental na imposição das sanções, já disse anteriormente que estas têm que continuar até a Rússia mudar de comportamento.
No entanto, o Governo alemão está sob grande pressão de importantes lobistas industriais da Alemanha que afirmam que o seu negócio foi prejudicado pelas sanções.