Moçambique: meninos a quem a rua roubou a infância

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À semelhança das crianças que fotografou para o projecto "Growing in Darkness", Mário Macilau foi um menino de rua em Maputo. Entre 2012 e o presente ano, o fotógrafo frequentou o espaço privado destas crianças, visitou as pontes e os prédios abandonados onde vivem e dormem. “São lugares muito escuros, húmidos e perigosos”, descreve, em entrevista ao P3. “Não existe água nem electricidade, nem qualquer tipo de comodidade ou apoio doméstico. São lugares eternamente provisórios.” Em Moçambique, as dificuldades económicas conduzem as famílias ao abandono das crianças ou à sua exploração como fonte de rendimento, o que leva à multiplicação de situações de exploração laboral, abandono escolar, desalojamento e, em consequência, a uma maior incidência de crimes e consumo de droga entre a população infantil. (A UNICEF faz um retrato da situação moçambicana num relatório que divulgou em 2014 no seu sítio oficial, que pode ser lido aqui.) "As crianças de rua estão frequentemente sujeitas a abusos, negligência, exploração ou, em casos extremos, a trabalho em fábricas e em mercados formais e informais”, explicou o fotógrafo moçambicano. “São lugares muito escuros, húmidos e perigosos. Não existe água nem electricidade, nem qualquer tipo de comodidade ou apoio doméstico. São lugares eternamente provisórios.” A entrevista com o fotógrafo pode ser lida integralmente aqui.