Miguel Falomir vai dirigir o Museu do Prado

A decisão ainda não é oficial, mas a imprensa espanhola já está a dar a nomeação como certa.

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Miguel Falomir com uma colega de investigação do Museu do Prado, María Cruz de Carlos Varona Cortesia: Museu do Prado

A nomeação só é oficial quando o governo espanhol disser que é oficial, mas tudo indica que o historiador de arte Miguel Falomir será o novo director do Museu do Prado, em Madrid, em substituição de Miguel Zugaza, que decidiu regressar a casa – à cidade basca de Bilbau e ao seu Museu de Belas Artes.

A comissão encarregue de propor um novo nome para a direcção daquela que é uma das melhores pinacotecas do mundo reuniu nesta quarta-feira e não teve dúvidas em escolher Falomir. E por unanimidade. Agora cabe-lhe propor o seu nome ao patronato do Prado e ao Executivo, com quem irá reunir já em Março.

Falomir, que desempenhava até aqui as funções de director adjunto, era o favorito do próprio Zugaza, que liderou o Prado nos últimos 15 anos e que anunciou publicamente a sua predilecção por este historiador que há 20 anos faz parte dos quadros do museu, instituição para onde entrou como chefe do departamento de pintura italiana e francesa (até 1700).

Segundo o diário El País, Falomir tinha manifestado reservas em aceitar a nomeação (terá chegado mesmo a recusar o convite, escreve o diário ABC), mas Zugaza e o ministro de Educação, Cultura e Desporto, Íñigo Méndez de Vigo, tê-lo-ão convencido.

Nascido em Valência em 1966, Miguel Falomir substituiu nos últimos anos Gabriele Finaldi, nomeado director da National Gallery de Londres em 2015, enquanto responsável por toda a conservação e investigação no Museu do Prado. Entre as exposições que comissariou estão, segundo a imprensa espanhola, De Ticiano a Bassano. Mestres venezianos do Museu do Prado, Ticiano, Tintoretto e o Renascimento ou O Último Rafael.

Se vier a ocupar o cargo de director, este especialista em Ticiano (1490-1576), contará certamente com o apoio de todo o staff científico do museu, assegura o ABC, que diz também que, neste momento, todo o tempo que Falomir tem para a investigação é precisamente dedicado a este mestre da Veneza do Renascimento e ao seu "catálogo raisonné" no Prado.

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