A Associação Portuguesa para a Intervenção com Animais de Ajuda Social (Ânimas) quer conciliar o melhor que se faz a "nível mundial no âmbito da investigação científica com a certificação dos cães de assistência" em Portugal, afirmou o secretário-geral.
Em declarações à agência Lusa, Abílio Leite disse que, nessa perspectiva, está a ser desenvolvido "um esforço para tornar ainda melhor a formação e certificação dos cães de assistência em Portugal", contando "com trabalhos e participações das universidades do Porto, Coimbra e Lisboa".
Esta vai ser das questões a debater em 26 e 27 de Novembro, em Oliveira de Azeméis, no I Congresso Internacional sobre Animais de Ajuda Social, adiantou o responsável pela associação do Porto. A iniciativa, disse, visa "promover uma reflexão, com maior rigor científico" em torno da actividade. A ordem de trabalhos será dividida entre as temáticas em torno dos "cães de assistência" e das "intervenções assistidas por animais", actividades que são o centro da acção da associação criada em 2002 e que formou até à data mais de uma dezena de cães para surdos e cães de assistência.
"Estamos a endereçar convites a especialistas de Espanha, Inglaterra e Áustria para que, com o seu contributo, façamos uma reflexão sobre como fazer as coisas bem", explicou Abílio Leite. O público-alvo "serão os profissionais das áreas da saúde e da educação, bem como quem está ligado ao mundo da formação dos cães".
"É importante para nós fazer as coisas com ética e profissionalismo, para que todos possam ser bem servidos", salientou o responsável da Ânimas, que conta ter uma média de "100 pessoas em cada um dos dois dias do congresso". As conclusões dessa reunião serão, depois, "publicadas em livro", adiantou Abílio Leite.
Os cães de assistência são treinados para realizar tarefas que aumentem a autonomia e a funcionalidade de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.