Telemóveis Nokia que deixaram marca
A notícia do relançamento do Nokia 3310 inundou a Internet de saudosismo. Eis uma selecção de modelos com que a multinacional finlandesa foi outrora rainha do mercado.
Alastrou na Internet a notícia de que vai ser lançada uma nova versão do telemóvel Nokia 3310, um modelo icónico da marca finlandesa. A novidade foi avançada pelo site Venture Beat, com base numa fonte anónima, e replicada em inúmeros sites noticiosos. O PÚBLICO contactou a HMD Global, a empresa que comprou à Microsoft os direitos de exploração da marca Nokia, que não quis fazer comentários.
Caso a notícia se confirme e uma nova versão do 3310 venha a ser lançada no Mobile World Congress, a grande feira anual em Barcelona, o fabrico não terá nada a ver com a multinacional finlandesa Nokia. O negócio dos telemóveis foi vendido à Microsoft e, na sequência de um complexo processo de licenciamentos, a HMD (fundada por antigos quadros da Nokia e da Microsoft) passou a fabricar e comercializar os telemóveis com esta marca.
O modelo 3310, lançado em 2000, foi muito popular, e ficou conhecido pela resistência e pela duração da bateria – num tempo em que não carregar os telemóveis durante três ou quatro dias não era um feito extraordinário. Está, porém, muito longe de ser o único modelo marcante da Nokia. Eis uma selecção, incompleta, de telemóveis Nokia que ficaram na memória.
3210 ( ano: 1999)
Antecessor do telemóvel que agora dá que falar, o 3210 foi um modelo popular e é ainda hoje um dos telemóveis mais vendidos de sempre. A ausência de uma antena visível era na altura um toque de modernidade.
8210 (1999)
Naquela altura, quanto mais pequeno, melhor. E o Nokia 8210 impressionava pelo tamanho reduzido, cabendo facilmente na palma da mão. Como acontecia com vários outros modelos, era possível usar capas de várias cores.
7110 (1999)
A roldana em vez das habituais setas direccionais para navegar pelos menus era uma das características distintivas deste modelo. Já a tampa deslizante sobre o teclado, que se abria premindo um botão, era ideal para os fãs do filme Matrix (no filme, o telemóvel usado é outro).
6310 (2001)
O 6310 (bem como o antecessor 6210) era um telemóvel sobretudo para profissionais. Com dimensões generosas, a bateria durava facilmente de segunda a sexta-feira. Estava equipado com infra-vermelho e bluetooth.
5510 (2001)
É uma espécie de versão deitada do 3310. Criado para um público jovem, o 5510 distinguia-se por ser usado na horizontal. O teclado QWERTY facilitava a escrita de SMS, e o telemóvel permitia ouvir música, fosse através da proeminente coluna de som no aparelho, ou com auriculares.
1100 (2003)
Mesmo para os padrões da época, este era um telemóvel incrivelmente simples, destinado a consumidores que queriam um aparelho barato e prático. Não tinha câmara (algo que já era corrente na altura) e o ecrã não tinha cores. O único extra digno de menção era uma lanterna, que se acendia premindo a tecla C. Tornar-se-ia o aparelho de electrónica de consumo mais vendido de sempre.
6820 (2004)
O 6820 tinha tanto de moderno, como de pouco prático. À primeira vista um telemóvel normal, este modelo abria-se revelando um teclado QWERTY retro-iluminado (o ecrã rodava quando o aparelho era usado neste modo). Porém, e contrariamente ao 5510, as teclas eram demasiado juntas, tornando a escrita uma tarefa penosa, e o facto de uma das partes rodar para revelar o teclado completo tornava o conjunto muito menos robusto do que era habitual na marca.
5310 (2007)
Muito fino e leve, o 5310 apelava a quem queria ouvir música, tendo ao lado do ecrã três botões destinados exclusivamente ao controlo do som. Foi lançado no mesmo ano do primeiro iPhone.