António Saraiva confiante que o acordo de redução da TSU vai ser respeitado

Presidente da Confederação Empresarial de Portugal lamenta posição dos partidos.

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António Saraiva apela a partidos para aguardem pelo texto do acordo Rui Gaudêncio

O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva, manifestou-se esta segunda-feira confiante que o acordo alcançado na concertação social, que prevê um aumento do salário mínimo compensado por uma descida da taxa social única (TSU), "vai ser honrado", independentemente do que acontecer no Parlamento.

Questionado sobre o que acontecerá na Assembleia da República, depois das declarações de oposição do PCP, BE e PSD, António Saraiva declarou estar confiante que “o acordo será respeitado e as suas matérias serão cumpridas”. Ou seja, não só que há aumento do salário mínimo (em vigor desde o início do ano), como a respectiva compensação para os patrões.

O líder dos patrões, que falava à SIC Notícias depois de uma reunião com o primeiro-ministro, António Costa, defendeu que o acordo alcançado "garante a tranquilidade política e social de que o país precisa", lamentando as posições assumidas por alguns partidos antes mesmo de ser conhecido o texto final.

Sobre a posição do PSD, nomeadamente as declarações de Passos Coelho a assumir que votará contra a descida da Taxa Social Única, o dirigente patronal disse estar surpreendido, até porque, disse, o PSD "congratulou-se" com a extensão deste benefício às instituições particulares de solidariedade social (IPSS). "O PSD congratulou-se e agora surpreendentemente vem dar outra leitura", disse o líder da CIP.

Mas, além desta questão, há ainda o posicionamento dos partidos no Parlamento. O PSD vai subscrever o projecto de rejeição do PCP e do BE? Ou é o BE e o PCP que vão subscrever o do PSD? Para já, a resposta foi dada pelo próprio António Saraiva: “Vamos aguardar com tranquilidade”.

A entrevista do líder da CIP aconteceu depois de as quatro confederações patronais terem estado reunidas com o primeiro-ministro em São Bento. Da reunião não saiu qualquer comunicado nem do Governo nem dos patrões. Nesta terça-feira, apurou o PÚBLICO, os patrões emitirão um comunicado sobre o assunto.

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