Hospital de Viseu terá radioterapia no prazo de "dois/três anos", afirma Governo
Secretário de Estado disse ser "imprescindível a instalação da radioterapia em Viseu" devido à "importância clínica desta região em termos de doentes oncológicos".
Um serviço de radioterapia deverá ser criado no prazo de "dois/três anos" no hospital de S. Teotónio, em Viseu, dando assim resposta a uma reivindicação antiga, anunciou nesta terça-feira o secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado.
Em declarações aos jornalistas no final da inauguração do Hospital CUF Viseu, Manuel Delgado frisou que, "do ponto de vista político", a decisão de instalar o serviço de radioterapia na cidade está tomada, mas falta "ver qual é o melhor modelo". "Isso pode exigir-nos mais alguns meses de reflexão e de estudo, mas eu diria que a decisão política está tomada e, do ponto de vista operacional, 2017 será o ano em que essas decisões serão efectivamente anunciadas", explicou. Apesar de não se comprometer com uma data concreta, o secretário de Estado avançou que "a decisão sobre o modelo vai ser tomada em 2017, depois é preciso obras, aquisições, formação e contratação de pessoal". Por isso, admitiu, que em "dois/três anos" o serviço esteja instalado em Viseu. "Temos que reunir toda a informação sobre as condições do terreno que temos aqui em Viseu, as condições do hospital, o modelo de financiamento, a localização, se é necessário um edifício novo específico, etc. Isso são matérias que iremos analisar no decurso de 2017", acrescentou.
Manuel Delgado disse ser "imprescindível a instalação da radioterapia em Viseu" devido à "importância clínica desta região em termos de doentes oncológicos". "O hospital de Viseu já tem um núcleo oncológico importante, portanto, não consideramos adequado, nem justo, que os doentes oncológicos de Viseu tenham que se deslocar para Coimbra, andando algumas centenas de quilómetros por dia, num processo que muitas vezes implica ciclos terapêuticos de cinco semanas", justificou. No seu entender, "não é justo que os doentes tenham este sacrifício todo, ainda por cima associado a uma doença oncológica".
Segundo o secretário de Estado, este serviço de radioterapia abrangerá não só o distrito de Viseu, mas "toda a Beira Interior", ou seja, também os distritos da Guarda e de Castelo Branco. O governante disse que "é uma decisão também irrevogável" o alargamento das urgências do Hospital de S. Teotónio, estando o arranque das obras previsto para 2017.
O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, congratulou-se com estas duas decisões tomadas pelo Governo.
No que respeita à instalação do serviço de radioterapia, considerou que "faz justiça à necessidade social premente destes cuidados de saúde na região e ao forte apelo das suas principais instituições".