Bruno Pidá absolvido do crime de segurança ilícita

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NFACTOS/FERNANDO VELUDO

Bruno Pidá, a cumprir 24 anos de prisão por homicídios associados à espiral de violência que marcou a noite do Porto em 2007, foi nesta segunda-feira absolvido do crime de segurança ilícita, decisão proferida nos Juízos Criminais do Porto.

O caso está relacionado com a alegada prestação de serviços de segurança num bowling, num centro comercial em Vila Nova de Gaia, entre Agosto e Setembro de 2008.

Dispensado da leitura da decisão judicial, o arguido disse, ao longo do julgamento, que nunca fez segurança ilícita porque na altura em que exerceu essas funções tinha cartão de segurança privada, emitido pelo Ministério da Administração Interna.

Preso na cadeia de Paços de Ferreira, Bruno Pidá, tido como o líder do chamado “Gangue da Ribeira”, foi condenado a 24 anos de prisão pelo homicídio do segurança Ilídio Correia, associado ao “Grupo de Miragaia”, considerado pelas autoridades como inimigos dos homens da Ribeira.

Em 2007, uma onda de assassinatos entre alegados grupos de seguranças rivais marcou a noite do Porto, causando quatro mortos e vários feridos, designadamente a 27 de Agosto o dono da discoteca “Chic”, Aurélio Palha, e a 29 de Novembro de 2007, o segurança Ilídio Correia.

A vaga de homicídios motivada pelo domínio na noite do Porto fez surgir uma das mais complexas investigações policiais que ficou conhecida pelo caso ‘Noite Branca’, em que todas as vítimas foram executadas com armas de fogo e teve como epicentro uma guerra entre dois gangues da Ribeira e Miragaia, que fez derramar sangue durante cinco meses.