Legia ainda assustou, mas saiu de Dortmund feito num oito

O jogo com mais golos da história da Champions (12) aconteceu no Signal Iduna Park. O Mónaco qualificou-se para os "oitavos" com autoridade.

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Wolfgang Rattay/Reuters

O apetite do Borussia Dortmund não se compadece com as contingências do calendário. Quando entraram no Signal Iduna Park, os alemães já tinham assegurado o acesso aos oitavos-de-final, mas nem por isso abdicaram de provar aos seus fiéis adeptos que podem e devem continuar a encher as bancadas do estádio com a melhor média de assistências da Europa. A vítima (que deu uma réplica invulgar, na verdade) foi o Legia Varsóvia, que também deu um contributo decisivo para o encontro com mais golos da história da Liga dos Campeões no actual formato (8-4).

No dia em que o Mónaco segurou o primeiro lugar do Grupo E — já lá vamos —, foi a noite de “pirotecnia” que se registou em Dortmund que saltou para a ribalta. Resuma-se a marcha do marcador: 0-1, 3-1, 3-2, 6-2, 6-3, 7-3, 7-4, 8-4. Foram sete golos (os sete primeiros) em apenas 32’, algo de impensável, numa partida com índices de eficácia tremendamente invulgares: 17 remates para o Borussia, 11 para o Legia.

Prijovic marcou duas vezes para os polacos, Kagawa seguiu-lhe as pisadas com os dois primeiros golos dos alemães, mas houve um jogador que foi mais além: Marco Reus assinou um hat-trick (32’, 52’ e 90’) e fechou as contas de um jogo que tinha tudo para ser apenas mais um e que servirá agora de “alvo” para futuras goleadas na prova milionária.

Com o Borussia já com os dois pés na próxima fase, resta o embate de gigantes com o Real Madrid, na última jornada, para decidir quem se qualifica na primeira posição para uns oitavos-de-final em que — para além destes dois representantes — já marcam presença Arsenal, PSG, Atlético Madrid, Bayern Munique, Bayer Leverkusen, Leicester City, Juventus e Mónaco.

A equipa comandada por Leonardo Jardim continua a fazer boa figura na Europa, à imagem do que tem acontecido na Liga francesa, e nesta terça-feira empurrou o Tottenham para fora da competição com um triunfo por 2-1. Radamel Falcao começou por falhar um penálti aos 11’, mas o erro não minou a confiança dos monegascos, que marcariam por Djibril Sidibé (48’) e Thomas Lemar (53’), um minuto depois de Harry Kane ter reposto a igualdade (52’).

Este resultado garante não só o apuramento ao Mónaco, mas também o primeiro lugar do Grupo E, ajudando o Bayer Leverkusen a terminar o trabalho de casa, apesar do empate em Moscovo. Como o alemães têm vantagem no confronto directo com o Tottenham, mesmo que sejam igualados na tabela na derradeira jornada terão sempre vantagem sobre os ingleses.

O Reino Unido tem, porém, já um “emissário” confirmado nos oitavos-de-final, graças ao triunfo do Leicester City sobre o Club Brugge (2-1), enquanto o Sevilha viu ser adiada para o próximo encontro a decisão do seu destino na prova. Tudo porque a Juventus foi a Espanha impor-se por 1-3, num jogo em que os andaluzes se adiantaram aos 9’, por Nico Pareja. A expulsão de Franco Vazquez, porém, deitaria tudo a perder, aos 36’, abrindo alas à recuperação italiana.

Claudio Marchisio marcou de penálti ao cair do pano sobre a primeira parte e, nos últimos seis minutos, a “Juve” deu a volta definitiva à história do jogo: Leonardo Bonucci marcou aos 84’ e Mandzukic deixou marcas no resultado aos 90’. Contas feitas, a “Vecchia signora” está apurada e recebe o bombo da festa chamado Dínamo Zagreb (zero pontos, zero golos marcados e 13 sofridos) na última jornada.

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