Porta entreaberta para Obiang ir a Fátima

Convite público feito em Cartagena não foi repetido em Brasília, mas não haverá impedimentos à ida de chefes de Estado ao centenário das aparições.

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António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa na cimeira da CPLP Reuters/ADRIANO MACHADO

Na cimeira Ibero-Americana, tanto Marcelo Rebelo de Sousa como António Costa convidaram os chefes de Estado e de governo para irem a Fátima no Centenário das Aparições, em Maio do próximo ano. Em Brasília não houve convite público, mas é conhecida a vontade de Teodoro Obiang ir a Fátima. Há, pelo menos dois anos, que o Presidente da Guiné Equatorial tenta. Pelo que, na conferência de imprensa final, o Presidente português foi questionado se houve convite. Marcelo deixou a porta, pelo menos, entreaberta.

“Portugal terá satisfação que o maior número de chefes de Estado, chefes de governo, representantes políticos, cidadãos comuns vão a Fátima pelo centenário das Aparições, coincidindo com a visita papal. Nesse sentido, Portugal, que é um país aberto, folga com a ida dos dignitários dos mais diversos países e não tem nenhuma relutância, nem nenhuma oposição, pelo contrário. Seria oposto à ideia de circulação e de mobilidade dentro da CPLP colocar entraves à ida a Fátima, seja de quem for, no próximo ano”, afirmou o Presidente da República.

As questões sobre a Guiné Equatorial acabaram por dominar a conferência de imprensa final de Marcelo e de António Costa na cimeira de Brasília, o que levou o primeiro-ministro a ironizar com o assunto.

“Havia uma certa ideia em Portugal de que a Guiné Equatorial era, porventura, o país da CPLP com que teríamos menos relações e menor proximidade, mas vejo que pelo interesse dos jornalistas na Guiné Equatorial se calhar estávamos enganados e, afinal, a nossa relação com a Guiné Equatorial é muito mais intensa do que a temos com Angola, com o Brasil, com Cabo Verde, com Moçambique ….”, foi dizendo António Costa.

E o primeiro-ministro concluiu: “Julgava que a nossa relação com todos estes países era muito mais intensa, mas vejo pela vossa curiosidade que não. Afinal, o principal país com que temos relação é a Guiné Equatorial. Para mim é uma lição. Para o sr. Presidente naturalmente não será porque é professor e não ficará surpreendido com a vossa curiosidade.”

Parceria PÚBLICO/Rádio Renascença

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