Câmara de Lisboa lança segundo lote de obras em bairros municipais

Nos últimos três anos, a autarquia reabilitou 927 fogos, num "esforço considerável em relação a mandatos anteriores".

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O programa em marcha tem um orçamento de 25 milhões de euros e abrange 21 bairros Miguel Manso/Arquivo

Proprietária de mais de 25 mil fogos habitacionais, entre bairros municipais e património disperso, a Câmara de Lisboa reabilitou 927 fogos nos últimos três anos. O número é avançado pela vereadora da Habitação e do Desenvolvimento Local, que garante que foi feito “um esforço considerável em relação a mandatos anteriores”.

Confrontada com algumas críticas de que tem sido alvo por não conseguir dar resposta às necessidades da população no domínio da habitação, Paula Marques diz que “as pessoas têm pouca noção de qual é o volume de concretização que a câmara tem”. E sublinha que a autarquia “responde a um número alargado de necessidades, que abrangem sectores diferenciados” com um só “instrumento de operacionalização”: o seu património.

Entre aquilo que foi concretizado nos seus três anos de mandato, a autarca destaca por exemplo o lançamento de um programa (com um orçamento de 25 milhões de euros) destinado à realização de obras em 21 bairros municipais. Ao PÚBLICO, Paula Marques diz que há uma obra concluída, uma prestes a acabar e cinco em execução, e revela que vai haver uma segunda fase de programa, já no próximo ano, que beneficiará um número ainda não determinado de bairros.

A vereadora salienta também o facto de se estar, pela primeira vez em muitos anos, a construir habitação social nova, nos bairros Padre Cruz e da Boavista. “Desde os anos 90 que não se faz investimento”, lembra, sublinhando a preocupação que a câmara tem em construir “habitação de qualidade”.

“É absolutamente irreal pensar que vamos deixar de ter necessidade de prover habitação a vários segmentos da população, incluindo ao segmento em situação de maior carência”, afirma. Por saber que assim é, o número de fogos que se prevê construir naqueles dois bairros vai ser superior ao número de pessoas que hoje vivem nas casas de alvenaria e que se pretende realojar. 

Em curso continua o processo de verificação da ocupação de todas as casas da câmara e da condição de recursos de quem lá vive. Segundo Paula Marques, no património disperso este processo (que foi lançado em 2011) “está concluído”, mas nos bairros municipais a percentagem de casos ainda em aberto é de 19%.

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