Gastamos 900 euros por ano com os animais de companhia, diz estudo

Manter um cão custa, em média, 1007 euros por ano; já os gatos ficam-se pelos 865. Conclusões são de um estudo elaborado pela DECO e publicado na Proteste

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Andrew Branch/Unsplash

As contas feitas confirmam o que já se desconfiava: ter um animal de companhia em casa não é barato (mas melhora a qualidade de vida). Segundo um inquérito levado a cabo pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor — DECO, ter um animal de companhia custa, em média, 900 euros por ano.

Na opinião de 2377 portugueses e de acordo com os resultados do inquérito publicados na revista “Proteste”, manter um cão custa 1007 euros anuais, valor que baixa para os 865 quando se trata de um gato. Estes são, aliás, os dois animais mais comuns na casa dos portugueses (cães, 46%; gatos, 34%), logo seguidos dos pássaros (13%), peixes (8%) e tartarugas (5%).

No total do bolo do orçamento doméstico, a alimentação é a fatia mais dispendiosa (cerca de 453 euros, em média). A segunda maior fatia é a dos cuidados de higiene (perto de 200 euros, em média); cuidados de saúde e outros completam o total (160 e 118 euros, em média, respectivamente).

Apesar dos valores elevados despendidos anualmente, “os inquiridos são unânimes em reconhecer que os animais melhoram a sua qualidade de vida”. Mais de metade dos portugueses consultados (65%) dizem que o gosto por animais é a principal razão para ter um e a maioria não os comprou: ou encontrou ou recebeu o animal como prenda. Apenas 4% dos donos de gatos afirmaram ter comprado, valor que sobre para os 29% no caso de cães.

No que diz respeito à segurança e qualidade de vida dos animais de companhia, os números não revelam tanta unanimidade. Apesar da obrigatoriedade do registo dos cães nas juntas de freguesia, apenas 57% garantem tê-lo feito. Já 65% asseguraram a colocação do “chip” electrónico, fundamental para a identificação do cão. Os gatos são registados menos frequentemente (15%) — é facultativo — e o “chip” também ainda não é muito comum (9%).

No dia-a-dia, 9% dos donos de cães admitem mantê-los num espaço demasiado pequeno ou inadequado; 5% dos donos de gatos têm a mesma opinião. Durante o dia, 9% deixa o cão sozinho por mais do que nove horas, percentagem que aumenta para 15% no caso dos gatos.

Quando a pergunta incide sobre o passeio do cão na rua, há um número um pouco preocupante: 27% dos inquiridos dizem nunca levar o animal à rua. Dos que levam, 48% fazem-no duas a três vezes por dia e 10% repetem o passeio quatro ou mais vezes. Passeios de 30 minutos ou mais são os mais comuns (52%).

No campo da saúde, as vacinas aparentam ser controvérsias: um pouco mais de um quinto dos donos de gatos (21%) optaram por algumas mas não todas vacinas, valor que desce no caso dos cães (7%).

A esterilização é, também, um tema que divide quem tem animais de companhia como gatos e cães: 18% dos inquiridos com gatos afirmaram não ter intenção de os esterilizar, número que ascende aos 62% quando se trata de cães.

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