Erdogan: “adeus” Europa, olá Rússia
Com excepção dos curdos, o Presidente da Turquia conseguiu obter, em gigantescas manifestações (de um a três milhões nas ruas, consoante as contas da oposição ou do governo), o apoio de que necessitava para tornar “populares” as medidas repressivas em curso. A mensagem, ali sublinhada, é a de que só estarão a ser afastados ou detidos os golpistas e seus aliados, mas a lista é demasiado vasta para se restringir a tal grupo. O golpe (a tal “bênção de Deus”, como ele o classificou) deu a Erdogan o pretexto para uma limpeza em todos os domínios, de modo a anular de vez qualquer resistência ou contrariedade provocada pelas oposições. Por isso ele levanta a voz à União Europeia e começa a explorar a “simpatia” da Rússia, que foi rápida a apoiá-lo e a condenar o golpe. Hoje, Erdogan estará em Moscovo para conferenciar com Putin. Veremos se se trata de uma simples visita de cortesia ou algo mais, a pesar no futuro dos turcos.