Maria Amélia Maio de Paiva foi esta quarta-feira nomeada embaixadora em Maputo em decreto publicado no Diário da República. A ministra plenipotenciária de primeira classe, até agora à frente da embaixada portuguesa em Varsóvia, substitui na capital moçambicana José Augusto Duarte, nomeado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, como seu assessor diplomático. Como o PÚBLICO noticiou (ver edição de 2 de Junho) este é o primeiro movimento diplomático levado a cabo pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.

Nesta tradicional rotação foram também afectadas as embaixadas de Portugal em Brasília, Roma, Londres, Turquia, São Tomé e Príncipe, Haia e Tunísia. Em Varsóvia, Maria Amélia Maio de Paiva é substituída por José Silva Leitão, que desempenhava as funções de inspector diplomático e consular do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Do mesmo modo, o ministro da Cultura Luis Filipe Castro Mendes, que substituiu João Soares no gabinete do ministério da Cultura na Calçada da Ajuda, é substituído como representante português junto do Conselho da Europa, em Estrasburgo, por João Maria Cabral, que desempenhava as funções de director-geral dos Assuntos Consulares.

Foi a 30 de Maio que este movimento diplomático se iniciou com o agrément dado pelo Governo brasileiro a Jorge Tito de Vasconcelos Dias Cabral como embaixador extraordinário e plenipotenciário da República Portuguesa. O anterior chefe da delegação portuguesa, Francisco Ribeiro Telles – que em 2013 ganhou a primeira edição do prémio para o melhor diplomata económico criado pela Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa – vai de Brasília para Roma.

Da capital italiana sai Manuel Lobo Antunes rumo a Londres. E Paula Silva será a nova embaixadora de Portugal em Ancara, sendo substituída na embaixada de São Tomé e Príncipe por Luis Gaspar da Silva.

Também Rosa Batoréu troca o seu lugar de representante permanente adjunta na União Europeia pela chefia da delegação portuguesa em Haia. O seu cargo passa a estar ocupado por Pedro Lourtie, embaixador na Tunísia e antigo secretário de Estado dos Assuntos Europeus num dos governos de José Sócrates. O seu substituto em Tunes ainda não foi nomeado.

Segundo o PÚBLICO apurou, este primeiro movimento diplomático da era Santos Silva é de mínimos. Por um lado, é ditado pelo inexorável facto de alguns embaixadores atingirem o limite de idade de 66 anos para funções externas e pelos imponderáveis da vida pública. Neste último casa, a passagem do embaixador José Augusto Duarte de Maputo para o Palácio de Belém e de Luís Filipe Castro Mendes do Conselho da Europa para o Ministério da Cultura.