O jogo "mobile" do momento já era um fenómeno em Portugal, mas só esta sexta-feira é que o Pokémon Go passou a estar oficialmente disponível nas lojas de aplicações para Android e iOS em Portugal. A informação foi avançada esta manhã pela conta oficial do jogo no Twitter.
Até agora, os jogadores portugueses tinham de recorrer a truques como a alteração geográfica das suas contas Apple e Android para fazer o download de Pokémon Go. A indisponibilidade oficial do jogo não evitou contudo que este se tornasse popular também em Portugal, com a moda a dominar as conversas nas redes sociais e a motivar a organização de eventos e torneios em várias cidades do país. Este domingo, por exemplo, há um encontro de entusiastas do jogo nos Olivais, em Lisboa.
É nos Estados Unidos, no entanto, que Pokémon Go tem causado maior entusiasmo e também controvérsia. O jogo foi lançado há pouco mais de uma semana pela Niantic, empresa especializada em jogos de realidade aumentada. O objectivo é encontrar pokémons (os ‘monstrinhos’ da série animada Pokémon e dos respectivos jogos de vídeo do final dos anos 1990) em casas e locais públicos em redor do utilizador, incluindo centros comerciais, jardins ou descampados, utilizando as ferramentas de navegação e geolocalização do telemóvel.
A novidade em relação aos jogos anteriores do tempo da consola portátil Game Boy é precisamente a obrigatoriedade da exploração no mundo real da realidade virtual que lhe é apresentada no ecrã do telemóvel.
Se há muitos exemplos de utilizadores que, através das redes sociais, apontam os efeitos positivos do jogo — vítimas de distúrbios psíquicos que saíram de casa pela primeira vez em muito tempo, ou pessoas sedentárias que finalmente abandonaram o sofá — também há episódios negativos a envolver Pokemón Go. Desde o lançamento do jogo, já chegaram às autoridades relatos de encontros com assaltantes e cadáveres. Há também registo de acidentes como quedas em ravinas e casos de violação de propriedade que resultam em problemas legais para os jogadores.
Em todo o caso, a reacção dos consumidores tem sido maioritariamente positiva e é sobretudo a Nintendo, proprietária da marca Pokémon, que celebra o sucesso do jogo. A histórica empresa japonesa de videojogos viu as suas acções valorizarem cerca de 40% em bolsa desde o lançamento de Pokémon Go.