Como o PS desgoverna uma Nação
O país volta a debilitar-se quando finalmente se fortalecia.
Sete meses passados a Nação portuguesa corre riscos evitáveis!
No seu afã de reverter, desfazer e destruir as reformas realizadas na anterior legislatura, o atual governo não se preveniram os resultados desta política. Impunha-se agradar, se possível a todos, mas em especial àqueles em que o governo se apoia para garantir a sua sobrevivência.
O governo deu a cada um dos seus parceiros o mais importante que cada um deles exigiu. E quando isso não foi possível, cada um engoliu o seu sapo, a bem da sobrevivência desta anacrónica “Equipa de salvação de António Costa”.
Aumentaram os impostos mas esta é a austeridade virtuosa e, portanto, subscrita por PCP e BE. Fez-se um orçamento que em muitas áreas tidas como as ”meninas dos olhos” destes partidos – veja-se o caso da Cultura – não lhes atribuiu mais um euro. Convidaram-se amigos para tratar de assuntos fundamentais do Estado. Reviram-se as normas das remunerações dos gestores públicos para acomodar as milionárias pretensões salariais do futuro presidente da CGD, e BE e PCP silenciaram-se. Os que no passado clamavam pela verdade no Parlamento e nas ruas recolhem-se agora em comentários contidos. Para esta nova maioria a verdade mata!
Todos os indicadores relevantes da nossa economia se degradaram em apenas sete meses desta governação. Exportações, dívida, crescimento da economia, emprego, investimento, confiança, tudo se reverte à frente dos nossos olhos. O BE, cego com a vertigem do poder que lhe caiu no colo, talvez não veja. O PCP, finge que não vê.
E enquanto tudo isto se passa, o Primeiro-Ministro passeia pelo país alegre e prazenteiro. É o exemplo vivo de que “tristezas não pagam dividas” e, portanto, cresça a dívida, atrasem-se os pagamentos do Estado, destrua-se emprego, falte o crédito às empresas, falhem as transferências essenciais ao funcionamento dos hospitais, mas sorria-se! Sobretudo sorria-se, sempre! Porque é isso que mantém a ilusão de que a Nação está bem!
Também lá por fora o Primeiro-Ministro sorri! Acompanhado por uma equipa inchada de si própria - sem razões para isso – suportam-se as críticas, mas sorri-se! Aguentam-se as pressões, mas sorri-se! Simula-se a defesa do esforço de ajustamento feito pelo anterior governo e sorri-se. O sorriso cínico deste Primeiro-Ministro tornou-se a imagem de marca deste governo.
E quando, de dentro e de fora, se multiplicam os avisos, quando os números do INE e do Banco de Portugal, as previsões da UTAO e os pareceres do Conselho das Finanças Públicas, as declarações de altos responsáveis de instituições internacionais tornam inevitável admitir, ainda que de forma minimalista, que as coisas afinal não estão a correr bem, o ministro das finanças lá diz, baixinho, que o governo poderá ter que rever as suas previsões. Mas logo de seguida, o Primeiro-Ministro apressa-se a afirmar, em alta voz, que tudo vai bem no seu reino. O da sua fantasia!
E quando se é forçado a reconhecer alguma dificuldade, há sempre um “culpado” à sua disposição: a crise num qualquer país, que nos afeta; as instituições que nos financiam e depois andam a maçar-nos para cumprirmos os nossos compromissos; ou o mais escolhido de todos “os culpados” – o anterior governo. Esse mesmo, o que herdou um País arruinado pelos socialistas, o que cumpriu um programa de ajustamento dificílimo e libertou o País da tutela da Troika, o que deixou a subir todos os indicadores económicos que este governo já deteriorou.
Tudo isto seria risível se fosse inofensivo. Mas não é! O país volta a debilitar-se quando finalmente se fortalecia. Repetem-se erros do passado. Perde-se a confiança daqueles que tanto precisávamos que acreditassem em Portugal.
Lamentavelmente, a Nação enfrenta de novo riscos maiores, pela mão dos mesmos!
Deputada, Vice-Presidente do PSD