Arte de Martinha Maia veste de novo o Teatro Carlos Alberto
Pintura da fachada começa em Agosto e o trabalho deve estar pronto a tempo da abertura da nova temporada do teatro em Setembro.
Já em Agosto, o histórico teatro do Porto vai ter uma nova cara, dada por Martinha Maria. A artista foi a vencedora do concurso que convocou graffiters, aspirantes e todo o tipo de criativos para pintar a fachada do Teatro Carlos Alberto. Para mudar a cara do edifício, recentemente renovado numa das zonas de maior concentração jovem na cidade, a arte urbana era o tema principal.
Martinha Maia apresentou a proposta que levou a melhor sobre o júri, que analisou outros 36 trabalhos, e apresentou esta sexta-feira o projecto vencedor. Francisca Carneiro Fernandes (Presidente do Conselho de Administração do TNSJ), Nuno Carinhas (director artístico do TNSJ), Nuno Lacerda Lopes (arquitecto autor do projecto de remodelação do TeCA) e Cláudia Melo (Porto Lazer) juntaram as suas deliberações aos votos (likes) do público, no facebook do Teatro Nacional de São João, o responsável pela iniciativa. A votação do público, que elegeu um outro projecto – o de Andrea Tarli -, representou o equivalente a um dos cinco membros do júri.
Este considerou “a singularidade plástica da proposta apresentada por esta artista”, assim como a “experiência e o portfólio” que Martinha Maia possui, lê-se em comunicado enviado esta sexta-feira à imprensa.
A artista de 40 anos, licenciada em Artes Plásticas, pela Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha, tem vindo a participar em várias exposições nacionais e internacionais. Inaugurado na passada quarta-feira, Martinha Maia dá o nome, a cara e o trabalho à “Performance Pintada”, na Galeria de Arte Vera Cortês, até 30 de Julho.
Aos artistas era pedido que valorizassem a arquitectura do edifício, a sua forte presença na memória colectiva da cidade e o teatro. O júri considerou que o trabalho da Martinha Maia, natural da Trofa, que vive e trabalha no Porto, respondia a estes critérios e “valorizará o edifício do Teatro Carlos Alberto e contribuirá, como desejado, para incentivar a produção criativa da arte urbana”.
Texto editado por Ana Fernandes