Até à data, os socorristas estavam proibidos, no estado de Ohio, de prestar ajuda a um animal que se encontrasse no local de um acidente para o qual tinham sido chamados. Agora o panorama mudou com a aprovação de uma lei que apoia bombeiros ou paramédicos na prestação dos cuidados mínimos de sobrevivência ao animal.
De acordo com a agência Associated Press, esta lei faz de Ohio um dos primeiros estados a proteger os socorristas que administram ajuda para salvar vidas de animais de estimação ou cães polícia em sofrimento. Agora, podem assim providenciar oxigénio, fazer respiração “boca-a-focinho” ou travar hemorragias.
A medida de Ohio, que seguiu uma idêntica tomada pelo estado do Colorado em 2014, surge no seguimento do contacto de Bob Swickard com Tim Ginter. O director de um serviço postal EMS e o representante do 5.º distrito da Ohio House of Representatives mostravam-se preocupados com o aumento da onda de lesões em cães polícia e com o facto de paramédicos e bombeiros não puderem administrar primeiros socorros aos animais.
A lei, que entra em vigor a 31 de Agosto, vai levar veterinários a dar formação e treino básico aos socorristas, para que estes possam actuar conforme as necessidades do animal no local.
Esta medida tem o objectivo, não só de ajudar os animais, como também de proteger os socorristas que se viam obrigados a não ajudar animais em situações de crise, uma vez que os donos de animais têm processado profissionais de emergências médicas que trataram animais que acabaram por morrer. Cory Smith, director de políticas públicas para animais de companhia na organização The Humane Society dos Estados Unidos, referiu-se a esta medida como sendo “mais uma camada de protecção para os bons rapazes”.
No entanto, mesmo com a aprovação desta lei continua a não ser possível ligar para as urgências quando o animal se fere ou fica doente. Nessas situações devem ser contactados os serviços de urgência veterinária.