Fernando Santos promete selecção a "morrer em campo para dar alegria ao povo"

Seleccionador de Portugal rejeita a ideia de que o encontro com a Croácia tenha sido aborrecido.

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Charles Platiau/Reuters

Fernando Santos recusou que o Croácia-Portugal, dos oitavos-de-final do Euro 2016, tenha sido um jogo aborrecido e afirmou que a selecção nacional vai "morrer em campo para dar uma alegria ao povo".

No dia seguinte ao triunfo sobre os croatas (1-0) e consequente apuramento para os quartos-de-final do Europeu, o seleccionador nacional voltou a abordar várias questões numa conversa informal com os jornalistas. "Não achei o jogo aborrecido. Aborrecido foi para os croatas, que foram para casa. No futebol não há essa questão do bonito e feio. No futebol ou se joga bem ou se joga mal. Do outro lado estava a Croácia, que era uma candidata a ganhar este Europeu. A arte de defender também é uma grande arte no futebol", vincou.

Por outro lado, Fernando Santos desvendou o porquê de, no final do jogo, se ter deslocado à bancada onde se encontrava a maior falange de adeptos portugueses, que festejavam a passagem aos "quartos". "Os jogadores vão morrer em campo para dar uma alegria ao povo. Quando me aproximei, no final do jogo, foi para que os adeptos acreditem em nós e saibam que vamos fazer tudo por eles e pelo país", adiantou.

Na próxima fase, Portugal vai ter pela frente a Polónia, que, segundo o seleccionador nacional, "tem dois avançados terríveis". "Desde logo o Lewandowski e ainda tem o Blaszczykowski, que durante muitos anos jogou no Borussia Dortmund", elencou.

Apesar de "respeitar" as análises que têm sido feitas às opções que tem tomado relativamente ao "onze" inicial, o técnico assegurou que continuará "a pensar pela própria cabeça". "Custa-me ver análises de forma muito clubística. Esta é a equipa de Portugal, a equipa de todos nós e não se enaltece o espírito de equipa. Analisamos muito individualmente e a nível de clube. Tenho de respeitar, mas posso discordar", referiu.

Fernando Santos aproveitou ainda para explicar a razão de ter substituído André Gomes por Renato Sanches, aos cinco minutos da segunda parte. "Pensei fazer a substituição ao intervalo, porque o André estava a dar sinais de cansaço. Tem andado com um problema e estava a dar sinais de fadiga. Poderia ser preocupante para a equipa. No entanto, precisava de tempo para o Renato aquecer e era preferível que ele aquecesse antes de entrar num jogo que já estava intenso", confessou.