A encantadora Natasha está de volta e os meus ouvidos agradecem. O mesmo para Kristin “Dum Dum”, The Album Leaf e Okkervil River, que é gente da América que não estraga nadinha. Pelo contrário.
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A inglesa Natasha Khan está de volta. Que é como quem diz, Bat For Lashes tem novo álbum na forja, disponível desde 1 de Junho. Chama-se “The Bride” e promete casamento, que eu já ando encantado com as primeiras amostras: “I Do”, “In God’s House” e “Sunday Love”.
Talvez não seja por acaso que, entre o último “The Haunted Man” (2012) e um projecto paralelo – Sexwitch -, Natasha, a maviosa nas formas e no canto, tenha recriado uma canção pop iraniana, que intitulou “The Bride”, nessa colaboração com os TOY.
Rumemos, agora, ao outro lado do Atlântico. Outra das propostas da semana é Kristin Kontrol, norte-americana baptizada como Kristin Welchez, conhecida por Dee Dee enquanto vocalista e fundadora das Dum Dum Girls, e que se lança a solo com “X-Communicate”.
“(Don’t) Wannabe” ou “Smoke Rings” são dois belos aperitivos para este lançamento, produzido por uma série de gente relacionada com bandas como The Pains Of Being Pure At Heart, Go-Go´s, Blondie, etc. É coisa para auriculares, esplanada e dedos enfiados na areia.
A propósito de sereias que (en)cantam, Angel Olsen está a preparar um novo álbum e soltou esta quinta-feira este “Intern”, em modo de trailer.
Como isto está tudo muito melódico, nada como ouvir a primeira prova de “Away” – sai em Setembro -, o oitavo trabalho dos norte-americanos Okkervil River, uma balada dolente e das que faz estremecer um qualquer gajo dos duros, com o misterioso título de “Okkervil River R.I.P.”.
De San Diego, Califórnia (que isto hoje é quase tudo América), The Album Leaf regressam com “Between Waves”, que sai em Agosto, seis anos depois do seu último registo, “A Chorus of Storytellers”.
“New Soul” e “Back to Start”, os primeiros singles, revelam a mesma melancolia em cenários de teclas e desconstruções rítmicas que marcam a carreira da banda.
Palco
Hoje, quinta, é noite (22h00) de dar um salto ao Roterdão (Lisboa) para apreciar os portugueses Grandfather’s House, concerto integrado na digressão de “Slow Move”, o álbum de estreia da banda de Famalicão.
Sexta há Benjamin Clementine no Convento de São Francisco, em Coimbra (22h00), Dead Combo em Minde (22h15) e Schonwald no Sabotage, em Lisboa (23h00). Neste último caso, com destaque para o seu terceiro álbum, “Between Parallel Lights”, de finais de 2015, muito ao estilo dos momentos electro-rock mais “dark” dos 80 e 90.
Pista
Sexta-feira (3 de Junho), no Convento do Carmo, em Braga, há Dah Soul (Emídio Meireles), uma das cabeças do colectivo United Soul Brothers, agora mais aventurado a solo. Na outra sala da antiga residência de freiras, há Convento Soundsystem com as melhores propostas electro-pop-rock de Ricardo Teixeira e El_Fuser, dj que costumam deixar as noites do Porto em ardências várias.
Na mesma noite, mas em Lisboa, no Incognito, vale a pena manear as ancas com o djset de João D’Espiney. Sábado, no Gare (Porto), há “Faut Section Showcase”, com o italiano Alessio Pili, Christinne e Lewis Fautzi. Vai trovejar techno e house e muito decibel bem cadenciado.
