3Pês: Methyl Ethel, da Austrália ao mundo

Promo, Palco e Pista: os 3Pês de António Barroso. Estas são as suas sugestões musicais para este fim-de-semana, de 26 a 28 de Maio

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Androginia nas cordas vocais e “electrorganica” no “digest” desta semana, com a estreia em disco do australiano Methyl Ethel, e o colectivo norte-americano Flaunt. Há ainda o regresso dos Wild Beasts e uma variedade de gente em palco nestes três dias.

Promo

O mais recente “espasmo” da famosa editora 4AD chama-se Methyl Ethel, que a conceituada "Rolling Stone" classificou, em Outubro passado, como um dos dez novos nomes que irão dar que falar este ano. “Twillight Driving” e “Idée Fixe” são bons cartões-de-visita de “Oh Inhuman Spectacle”, registo de estreia do compositor australiano, que vive em Perth e está abençoado pelos Tame Impala.

Outra proposta da semana: os norte-americanos Flaunt. Formados em 2014, apresentam-se como projecto colectivo de músicos de vários géneros. Dizem-se, todos juntinhos, gente da “electrorganica” e mantêm muito reservadas as informações sobre os seus elementos, excepto quanto aos mentores Justin Jennings e Joseph Vitterito. Para ouvir e degustar, do seu recente “Rave Noir”: “Your Hate is Killing Me”, “Kill With Honey”, “Restraint” e “This Is What Happens When You Let Me Down”.

Pela amostra — “Get My Bang” — o próximo álbum dos ingleses Wild Beasts deverá ser bem mais interessante que o esperado, depois da quebra de energia de “Smoother” (2011) e de “Present Tense” (2014). Isto, claro, a contar com a frescura da estreia com “Limbo, Panto” (2008) e a sensualidade de “Two Dancers” (2009). Previsto para os primeiros dias de Agosto, do quinto registo do grupo sedeado em Kendal espera-se algo mais próximo da inspiração de canções como “The Fun Powder Plot” ou “Hooting & Howling”.

Palco

Quinta-feira (dia 26), pelas 23 horas, os Palace Mémoire, gente que aposta na "synthpop" e electrónica, estreiam-se com o seu primeiro EP, “Finders Keepers”, produzido por Quico Serrano, no palco dos Maus Hábitos, no Porto.

O Sabotage, em Lisboa, recebe os Mão Morta, sexta-feira (dia 27) e sábado, em formato cru e “underground”, despido das maiores produções dos maiores palcos por onde já passaram nas últimas três décadas.

Sábado, por mim, todos os caminhos iriam dar a Leiria, que é gente que sem medo que o céu lhes caia na cabeça. O Beat Club será o palco do MONITOR – Minimal Wave & Post Punk International Rendez-Vous, onde actuarão Madmoizel, Tisiphone, Mensch, Peine Perdue (França), Luminance (Bélgica) e Xarah Dion (Canadá).

No mesmo dia, pelas 23 horas, os lisboetas Blaze & The Stars sobem ao palco do Meu Mercedes É Maior Que o Teu, um dos espaços portuenses de música alternativa, perfeito para uma peculiar interpretação das tradições do "blues" e do psicadelismo.

Uma hora antes, mas em Guimarães, haverá cadências rock embrulhadas em momentos de kuduro, com os Throes (Porto) e The Shine (Luanda), numa actuação que promete energizar o o grande auditório do Centro Cultural Vila Flor. Logo a seguir, o projecto Moulinex entra na dança.

Também às 23 horas, os Malcontent tornarão o Espaço A, em Freamunde, numa verdadeira fornalha de "feedback". Coisa para manter a forma enquanto não sai o novo álbum. Mais a Norte, em Braga, Rui Maia prossegue a digressão de apresentação de “Fractured Music” no Convento do Carmo.

Pista

Poucas mas boas sugestões: quinta-feira, Mr SeXXXy Luv (aka Ricardo Salazar) com o vj Pixel Bitch. Na sexta, a boa selecção de X-RAYdio no Era Uma Vez no Porto e a de Nuno Sid, que convida o Ivo T para um dueto, no Transact (Santa Maria da Feira). Sábado há "Geração 80/90" no Gin Club New Caffé, na Maia, e Tom Violence e Carlos 'Kraak' Machado no Roterdão, em Lisboa.

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