O animal de Roberta Medina: Tara

Conhecê-los é também conhecer a relação que têm com os seus animais. O Rock in Rio Lisboa, cuja edição 2016 já arrancou, é pensado por uma apaixonada por golden retrievers. A Tara, na imagem, vai juntar-se em breve Simba — e a casa de Roberta Medina vai voltar a ter dois cães

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Máxima/Pedro Bettencourt Máxima/Pedro Bettencourt

“Sempre tive animais em casa, cães e gatos. Houve uma fase em que tinha cães em casa do meu pai e gatos em casa da minha mãe. O meu irmão teve criação de coelhos e até já tive uma égua. Aquário e passarinhos presos em gaiolas não consigo, não gosto da sensação do bicho estar infeliz.

Quando fui morar sozinha, a opção foi um cão e há quase sete anos que tenho golden retrievers. Antes de decidir ter uma casa, decidi ter um cão para poder me obrigar a ter uma casa e a voltar para ela. Sempre viajei muito e essa foi uma decisão para me ajudar a ficar mais sossegada. Estava habituada a morar em muitos lugares diferentes e comprei esse primeiro “golden”, o Bambu, que faleceu, em Outubro último, de leishmaniose. Quando o Bambu tinha dois anos, o meu marido e eu comprámos uma outra “golden” aqui em Portugal, a Tara. Ele era dourado e ela é branquinha, ficavam muito bem juntos. Agora que ele não está aqui, estamos já com um cachorrinho de dois meses em vista, o Simba. Assim que acabar o Rock in Rio vem mais um “golden”, vamos voltar ter dois.

Os golden retrievers são a minha paixão. Quando morei nos Estados Unidos, com 19 anos, apaixonei-me pelo “golden” de uma pessoa da família com a qual fiquei e decidi que quando tivesse um cão seria dessa raça. E foi a melhor coisa que eu fiz, é bom de mais. Eles são muito carinhosos, muito companheiros.

Nós vivemos num apartamento com uma varanda grande. Enquanto o Bambu estava sozinho, era muito carente porque a gente passa muitas horas fora de casa. Quando a Tara chegou passou a fazer muita companhia. E é por isso que decidimos pela vinda do Simba, para brincarem o dia inteiro. Independentemente disso, passeiam três vezes por dia, pelo menos.

Em Portugal poderia haver mais parques, como há nos Estados Unidos, onde se podem soltar os cães. Eu tenho muita sorte porque vivo no Estoril e no jardim do Casino há mais ou menos uma regra: toda a gente leva para lá os cães e, no geral, corre muito bem. Eles têm liberdade para correr e brincar com outros cães. Acho que era muito bom ter espaços destes para não chatear quem tem medo ou não quer cães soltos e preservar o espaço das crianças. Os meus cães são sempre altos viajantes. Já perdi as contas às viagens que o Bambu fez entre Portugal e o Brasil. A Tara já fez duas, só o Simba é que ainda não.

A relação de amor que estabelecemos com eles é um exercício de doação, amor e carinho, tanto da gente para eles como o contrário, muito intensa. Sinto-me muito preenchida por eles.”

Depoimento construído a partir de uma entrevista.

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