O álbum de recordações tipográficas
Quando a conhecemos, Cristiana Couceiro andava a contar como era Lisboa, uma cidade sem data, nem idade, cheia de padrões ordenados e de pequenos detalhes. A ilustradora e designer gráfica ainda acha que a "tipografia está em todo o lado, no chão, nas paredes, nas escadas". "Há exemplos que resistem há décadas e que continuam magníficos", conta, fascinada, ao P3. Mas, entretanto, foi-se dando conta que "muitos letreiros vão desaparecendo e são substituídos por novas tipografias, infelizmente mais desinteressantes e com menos personalidade". A sua conta de Instagram é por isso uma espécie de matriosca: @tipographia portuguesa dentro de arquitectura portuguesa, dentro de cenários portugueses, dentro de @cristianacouceiro, que quis criar "um álbum de memórias e arquivo gráfico". "Notei que a minha conta de instagram estava cheia de letreiros e detalhes tipográficos. E percebi que a tipografia portuguesa valia uma conta própria para mostrar todos os belíssimos exemplos que vou encontrando pelas ruas. Cada fotografia tem associada a localização, o que resulta em mini roteiros tipográficos". Algumas fotografias já não podem ser repetidas. "Mas há ainda centenas de bons exemplos para fotografar. É só continuar a caminhar pelas ruas com atenção e de iPhone na mão."