Hoje há, nesta selecção, um destaque para escoceses — Frightenned Rabbit — e que até sabem onde se bebem as melhores "pint" em Glasgow. Damos ainda um "cheirinho" de indies dos EUA e de Portugal.
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A Escócia atrai-me por várias razões e já só me falta lá ir: tem os melhores adeptos de futebol do mundo, gente de muita esterqueira e pouca violência, têm o melhor whisky do mundo, têm o William Wallace no DNA e riem-se há séculos da pose imperial dos ingleses, têm castelos e palácios com relva até aos lagos e… ok, têm pouco sol mas muita música.
No pop-rock, têm até do melhor que se tem feito. E têm, por isso, os Frightened Rabbit, que chegam ao seu quinto disco — Painting of a Panic Attack” —, disponível ainda este mês, e que já me está a fazer babar. As primeiras amostras — “Woke Up Hurting” e “Get Out” — estão ao nível daquele que, para mim, é um dos melhores álbuns indie da primeira década deste século, “The Midnight Organ Fight” (2008), que continha uma autêntica pérola no interior: “Fast Blood”. Para saber um pouco mais, aconselho este link. E para saber onde beber as melhores "pints" Glasgow, o baterista Grant Hutchison explica aqui.
Também novo é “Distorland”, o novo trabalho com originais dos norte-americanos (de Portland/Oregon) The Dandy Warhols, do qual destaco “Semper Fidelis” e “Catcher in the Rye”.
Nota, também, para o quinto "LP" dos nova-iorquinos We Are Scientists, intitulado “Helter Seltzer”, do qual podem ouvir “To Late” e “Buckle”, e para ficarem a saber que o duo dinamarquês The Raveonettes anda a fabricar um anti-álbum, que mais não é que o lançamento de um tema por mês durante 2016, do qual já saíram “This World is Empty (Without You)”, “Run Mascara Run” e “Excuses”.
E o que se faz por cá? Se não conhecem, apresento Sweet Nico, banda com base em Lisboa e em modo de lançamento do seu álbum de estreia “R EVIVAL”, de onde se extrai este “California”, que assume as inspirações "wharolianas" e "velvetianas" do projecto.
E há que ficar a conhecer Germano, que se abre ao mundo com “Take Me Away” e com perspectivas para um longa duração nos próximos tempos. Carla Germano Lopes dá a voz e Marco Nunes trabalha as guitarras.
Palco
Se a ideia é sair de casa, sexta-feira (8 Abril) é noite de passar nos Maus Hábitos (22h30), no Porto, para ouvir Old Jerusalem, em modo de apresentação do seu sexto disco, lançado no mês passado, e do qual se deve ouvir “One For Dusty Light”. No sábado (9 Abril), na Casa da Música (Porto) actuam Peaches, que lançou, recentemente, “Rub” (atenção, que o vídeo arrasa gente mais sensível) e Moullinex, uma das mais frescas propostas de pop dançável com sede cá no cantinho luso. Ouve-se “Take a Chance” e não há pezinho que resista. Na mesma noite, mas em Braga, no Convento do Carmo, há uma malta divertida de Coimbra que dá pelo nome de Birds Are Indie e que soma mais um espectáculo de apresentação do seu mais recente “Lets Pretend The World Has Stopped”.
Pista
Se a ideia é dançar, sábado há Bons Rapazes (Álvaro Costa e Miguel Quintão) ao Plano B, Porto, que é gente que não tem complexos nem está agarrada a géneros.
