Kim Jong-un é para levar a sério?

Coreia do Norte ameaça EUA e vizinhos do sul com um “ataque nuclear preventivo”

O mundo ainda não decidiu bem se deve ou não levar o líder da Coreia do Norte totalmente a sério, mas para não haver surpresas têm vindo a ser tomadas medidas preventivas no sentido de limitar ao máximo os danos que qualquer acção mais insana da parte de Pyongyang possa vir a provocar.

É o que está a acontecer agora com os mega exercícios militares entre os EUA e a Coreia do Sul, envolvendo nada mais nada menos que 300 mil tropas por parte deste país e 17 mil norte-americanos. A dimensão das forças em presença tem obviamente a intenção de enviar um sinal às autoridades norte-coreanas, que desde o início do ano têm vindo a desencadear iniciativas cujo resultado só tem contribuído para isolar ainda mais a Coreia do Norte e desestabilizar os países da região. Foi o que aconteceu logo no início de Janeiro com o anúncio por parte de Pyongyong de que tinha feito detonar pela primeira vez uma bomba de hidrogénio. A preocupação que tal notícia provocou em todas as latitudes só acalmou quando se percebeu que a Coreia do Norte tinha feito um novo teste nuclear, sim, mas sem o conseguir concretizar através de uma bomba de fusão.

A provocação do regime presidido por Kim Jong-un foi reprovada por todo o Conselho de Segurança da ONU e nem os tradicionais daquele país, China e Rússia se eximiram à condenação de Pyongyang. Como foi evidente pela aprovação unânime de “mais extensas e significativas sanções” à Coreia do Norte, que mesmo assim não impediram este país de lançar um novo foguetão, em Fevereiro, ao arrepio das resoluções internacionais. Tudo acompanhado da retórica habitual das autoridades norte-coreanas a avisar tudo e todos. Como aconteceu agora, com o início dos exercícios militares Coreia do Sul-EUA que a Coreia do Norte recebeu com a ameaça de lançar um “ataque nuclear preventivo” contra estes dois países. Afinal, Kim Jong-un é mesmo para levar a sério.

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