Bloco anuncia que vai “já” preparar com o Governo próximo OE

Deputado José Manuel Pureza arrasou críticas do PSD e CDS ao aumento de impostos do Orçamento em debate.

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José Manuel Pureza: “Ninguém acredita” no PSD e CDS Enric Vives-Rubio

O Bloco de Esquerda vai começar de imediato a preparar com o Governo e o PS o próximo Orçamento do Estado (OE) para 2017, revelou o deputado José Manuel Pureza, numa intervenção em plenário durante o debate do Orçamento para este ano.

“Este Orçamento é o primeiro passo que é preciso dar para a recuperação da economia. Iniciamos desde já a preparação do próximo Orçamento e começaremos a estudar com o PS e com o Governo novas respostas em conjunto”, disse o bloquista, que lançou o caderno de encargos para as negociações. Entre as propostas referidas está um “plano contra a precariedade”, o estudo da questão “das pensões não contributivas”, a análise da “sustentabilidade da dívida externa”, a prossecução do objectivo de reduzir os custos energéticos, a maior tributação para combater a especulação imobiliária e a procura de novas soluções a nível fiscal.

“Pobre classe média” 
Sem surpresas, José Manuel Pureza reiterou o voto do BE ao OE para 2016 depois de arrasar a posição que tem sido assumida pelo PSD e CDS. “PSD e CDS exibiram a sua indignação pungida contra o aumento de impostos. Pobre classe média de novo sacrificada”, ironizou. O deputado recordou o que “a direita — que agora rasga as vestes pela tributação dos combustíveis — faria se fosse Governo”.

À luz de números do anterior Executivo, haveria mais “700 milhões de impostos”. Com base no plano do anterior Governo entregue em Bruxelas, os contribuintes iriam pagar, por exemplo, “mais 550 milhões em tributação de património e 470 milhões em IRS”. Além dos cortes de 600 milhões de euros na Segurança Social.

“Eram os números do PSD e CDS, o algodão não engana. Era feita de aumento de impostos e corte de salários e pensões, a mesma receita de austeridade de sempre”, defendeu, questionando a autoridade dos dois partidos para criticarem o Orçamento em debate: “PSD e CDS eram tão competentes a ‘zerar’ promessas que agora bem podem falar sobre as contas do Estado. Ninguém acredita”.

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