Depois da forte contestação gerada pelo fim de várias ligações directas a partir do Porto, a TAP garantiu nesta quarta-feira que mantém disponibilidade para assegurar o transporte de empresários do calçado para várias feiras europeias.

“Sem prejuízo das alterações na rede da TAP a partir de 27 de Março (Verão IATA) a TAP, no âmbito da sua relação com a APICCAPS [associação empresarial do sector do calçado], reafirma a sua disponibilidade e abertura para continuar a colaborar nos termos verificados até agora, em especial continuando a oferecer a possibilidade de garantir voos directos para participação em feiras da indústria”, refere um nota da companhia a que o PÚBLICO teve acesso.

A supressão de voos directo a partir do Porto afecta várias feiras do sector do calçado, designadamente Milão e Dusseldorf, mas também de outros sectores empresariais, em relação aos quais nada é referido. Têxteis e metalurgia são apenas mais dois sectores que se consideram prejudicados com a decisão da TAP.

No esclarecimento da TAP, a companhia lembra que “a colaboração com a APICCAPS é antiga, em especial para a participação em feiras internacionais e tem-se traduzido na disponibilidade de transporte aéreo, em especial a partir do Porto, tanto na criação de soluções de voos directos como na disponibilização de aeronaves com maior capacidade”.

É ainda referido que no âmbito dessa colaboração “não tem faltado ainda a criação de pacotes tarifários especiais e flexibilidade em toda a operação, inclusive com pessoal dedicado para resolver eventuais necessidades de última hora”.

“Esta colaboração especial já se verificou em 2016 no apoio a feiras na zona de Milão (15 a 18 de Janeiro e 13 a 17 de Fevereiro) e Dusseldorf (9 a 12 de Fevereiro), envolvendo um total de 852 passageiros. Está também previsto para nova feira em Itália na próxima semana”, refere a companhia.

A reestruturação da operação no aeroporto Francisco Sá Carneiro, anunciada pela nova administração da TAP, tem gerado forte contestação de vários sectores empresariais e de autarcas. Em causa estão várias questões, com destaque para a supressão de quatro rotas ­- Roma, Milão, Barcelona e Bruxelas – e a criação de uma ponte aérea Porto-Lisboa.