Secretária-geral adjunta do PS insiste na equidistância entre Nóvoa e Belém
Em resposta às críticas de Manuel Alegre e Vera Jardim.
A secretária-geral Adjunta do PS reforçou este sábado o apelo à mobilização em torno das candidaturas presidenciais de Maria de Belém ou Sampaio da Nóvoa e recusou-se a responder às críticas sobre actuação parcial das estruturas partidárias socialistas.<_o3a_p>
Ana Catarina Mendes assumiu estas posições em declarações à agência Lusa, depois de o antigo ministro socialista Vera Jardim, apoiante da candidatura presidencial de Maria de Belém, ter reiterado a acusação feita na sexta-feira por Manuel Alegre, segundo a qual as estruturas do PS estão a fazer "batota", favorecendo o antigo reitor da Universidade de Lisboa.<_o3a_p>
A "número dois" da direcção do PS recusou-se a responder às críticas de Vera Jardim e de Manuel Alegre, mas referiu que no sábado passado, na última reunião da Comissão Nacional do PS, "foi feito um apelo por parte do secretário-geral [António Costa] para que os militantes do partido se empenhem no apoio às candidaturas presidenciais da área socialista, Maria de Belém ou Sampaio da Nóvoa".<_o3a_p>
"Como secretária-geral Adjunta do PS, o meu apelo é para que haja uma mobilização nesta campanha presidencial, porque para os socialistas não é indiferente um Presidente da República da área da direita ou um Presidente da República da área da esquerda. Sempre que o PS apoiou uma candidatura presidencial [vitoriosa] - fosse o general Ramalho Eanes, Mário Soares ou Jorge Sampaio -, os portugueses reviram-se no exercício das suas funções, em respeito pela Constituição da República e pela estabilidade da vida democrática portuguesa", disse.<_o3a_p>
Neste contexto, a secretária-geral Adjunta do PS reiterou o seu apelo para que exista "uma forte mobilização em torno dos candidatos da área socialista, seja Maria de Belém, seja Sampaio da Nóvoa".<_o3a_p>
Apesar de assumir uma posição de equidistância no exercício das suas funções como secretária-geral Adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, a título pessoal, manifestou apoio público à candidatura presidencial do antigo reitor da Universidade de Lisboa - uma opção também seguida pelo presidente deste partido, Carlos César.<_o3a_p>
Na primeira volta das eleições presidenciais, o secretário-geral do PS, António Costa, não manifestará apoio a nenhum dos dois candidatos da área dos socialistas, Maria de Belém e Sampaio da Nóvoa. Aliás, Costa equiparou a primeira volta das eleições presidenciais a uma espécie de "primárias" da esquerda portuguesa.<_o3a_p>