Museu Marítimo de Ílhavo com novo recorde de visitantes

Casa de cultura do mar registou, em 2015, um total 79.000 entradas, voltando a ser dos museus mais visitados do país. O segredo pode estar na dinâmica da sua programação.

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O aquário dos bacalhaus tem ajudado a atrair novos públicos ao MMI Nelson Garrido

Em 2013, ano em que passou a contar com um novo atractivo, o Aquário de Bacalhaus, o Museu Marítimo de Ílhavo (MMI), conseguiu alcançar um número de visitantes (77.000), que estimava ser excepcional. “Surpreendentemente”, segundo reconhece Álvaro Garrido, consultor do MMI, em 2015, a unidade museológica superou o esse primeiro recorde de entradas, ao acolher um total de 79.000 visitantes. O balanço do ano que acaba de terminar veio indicar também que “a afluência de público estrangeiro tem aumentado, beneficiando do crescimento do turismo na região”, destacou a autarquia ilhavense, em comunicado. Na certeza de que há mais um factor positivo a destacar: em 2015, o MMI registou os valores de receita própria (provenientes de ingressos e de vendas na loja e livraria) mais altos da sua história.

“Há várias razões que podem explicar este crescimento, começando, desde logo, pelo efeito de escala do museu no território nacional”, argumentou Álvaro Garrido. Outra das razões que poderá estar na origem deste aumento da afluência de visitantes prende-se com “a dinâmica da programação do museu, que procura diversificar públicos, bem do trabalho realizado ao nível do serviço educativo”, notou ainda o consultor do MMI, sem deixar de lembrar que, “em 2015, houve mais dois importantes prémios de arquitectura, internacionais, que distinguiram o projecto de ampliação do museu e construção do Aquário de Bacalhaus”. “E também não podemos esquecer que este foi um ano de grandes fluxos turísticos na região”, acrescentou aquele responsável. <_o3a_p>

Por todos estes motivos, a verdade é que a unidade museológica marítima volta a estar “entre os dez museus mais visitados do país”, fez questão de evidenciar, ainda, a câmara municipal. Na nota enviada aos órgãos de comunicação social, a edilidade destaca ainda que “a tentativa de colocar o museu numa posição de liderança no campo dos museus marítimos tem sido decisiva para construir redes nacionais e internacionais e ensaiar projectos capazes de renovar a museologia marítima em Portugal”. <_o3a_p>

Novidades prometidas para este ano
Não obstante este forte crescimento, os responsáveis pelo equipamento cultural ilhavense não desarmam e prometem várias novidades e apostas para 2016, começando, desde logo, pela renovação do discurso expositivo do Navio-Museu Santo André (antigo bacalhoeiro que funciona como pólo do MMI), bem como pela procura de “novas parcerias nacionais e internacionais”. Prometida está também “uma programação criativa e imaginativa, com alguns projectos editoriais e expositivos que vão valorizar o grande património da pesca do bacalhau, que continua a ser o grande elemento identitário do MMI”, desvendou Álvaro Garrido.

Um dos destaques da programação, segundo revelou ainda o consultor da unidade museológica, assentará numa “exposição dedicada à obra de Bernardo Santareno, coordenada com um novo projecto de teatro comunitário liderado pelo encenador Graeme Pulleyn”. O MMI dará, assim, seguimento à aposta que iniciou há já alguns anos, chamando a comunidade a assumir o papel principal de espectáculos e peças de teatro criadas para alguns eventos ou datas especiais – ainda em Agosto de 2015, sob a orientação do mesmo encenador, foi apresentado o espectáculo “Nem tudo o que vem à rede”, a bordo do Navio-Museu Santo André. A nova produção irá acontecer no próximo mês de Maio, mas a direcção do museu marítimo reserva mais detalhes para os próximos meses. <_o3a_p>

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