Reviravolta inédita com Julen Lopetegui

FC Porto conseguiu vencer, apesar de ter estado a perder com o Paços de Ferreira.

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Jogadores do FC Porto festejam o primeiro golo "azul-e-branco" contra o Paços de Ferreira Francisco Leong/AFP

Pela primeira vez em muito tempo, o FC Porto teve capacidade para dar a volta a um jogo e com isso garantiu o quarto triunfo seguido no campeonato, a sua melhor série na prova neste temporada. O Paços de Ferreira vendeu cara a derrota (2-1) no Estádio do Dragão, no Porto, e marcou primeiro, graças a um início ambicioso que chegou a criar pânico na defesa local, mas no final foi a falta de eficácia portista — e a aparente crise de confiança de Vincent Aboubakar — que motivou a curta diferença no marcador. A equipa de Julen Lopetegui cumpriu o seu objectivo e vai agora concentrar-se na sobrevivência na Liga dos Campeões, com um encontro decisivo em Londres, frente ao Chelsea, na quarta-feira.

Para uma equipa “grande”, o conjunto “azul e branco” não tem mostrado, nos últimos anos, argumentos para reagir por inteiro à adversidade de sofrer o primeiro golo numa partida. A ocasião anterior em que tinha conseguido vencer um jogo que começou a perder aconteceu em Fevereiro de 2014 (2013-14), nos quartos-de-final da Taça de Portugal, contra o Estoril. Desde então, esteve 19 encontros sem conseguir uma vitória por reviravolta, 11 delas já na era Lopetegui. O enguiço foi quebrado devido ao talento e à calma sob pressão de Jesús Corona e a uma grande penalidade cobrada por Layún.

Mas o primeiro destaque foi para os pacenses, os primeiros a marcar no Dragão nesta época no campeonato. Maicon e Maxi Pereira foram obrigados a fazer cortes importantes em contra-ataques conduzidos pela direita dos visitantes, com Edson Farias a aproveitar o mau jogo defensivo de Layún. Pelo meio, logo aos 8’, o conjunto de Jorge Simão chegou mesmo ao golo, aproveitando um canto — resultado do jogo ofensivo da equipa — e um erro de Martins Indi. Sozinho, o ponta-de-lança Bruno Moreira não desperdiçou a oportunidade de fazer o seu quinto golo na prova.

Entre o apoio das suas claques e a impaciência de parte do resto da bancada quando havia menos rapidez ou um passe para trás, o FC Porto tentou recompor-se. Os centrais Maicon e Indi começaram por ser os mais perigosos nas bolas paradas numa altura em que se destacavam, nos “castores”, o guarda-redes Marafona e o central Ricardo.

O empate aconteceu aos 29’, numa jogada de classe de Corona, que aproveitou uma assistência de Brahimi e não se precipitou com o acosso de um adversário. O Paços começou melhor, mas depois as oportunidades sucederam todas na baliza de Marafona.

Herrera e Aboubakar atiraram por cima até que, aos 63’, Carlos Xistra assinalou falta de Marco Baixinho sobre Herrera num lance de insistência do mexicano, ficando-se a saber que o especialista de penáltis do FC Porto é Layún.

Até final, os “dragões” desaproveitaram quatro oportunidades claras, o que deixou o Paços de Ferreira em condições de discutir o resultado. Só que este não voltaria a alterar-se.

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