O Eduardo nasceu pobre, vivia com mais 7 irmãos numa casa com apenas um quarto. Mas aos poucos começou a vingar, aos 7 anos já trabalhava. Apanhava o 7 que ia do Areeiro para Estremoz e era no Alentejo que trabalhava 7 horas por dia, para ganhar já naquela altura 7 centavos.
Mas o Eduardo tinha olho e ao cabo de 7 meses na apanha da azeitona por Estremoz, decidiu investir o dinheiro e comprar o Parque daquela vila. Remodelou-o, organizou excursões turísticas para se visitar aquele espaço, que estava aberto aos turistas nos 7 dias da semana e por 7 escudos permitia a entrada de grupos de 5 jovens com direito a desconto de 7 milréis mais um casal de adultos.
O sucesso foi de tal forma tremendo que 7 anos volvidos já tinha mais 5 parques, 4 em território nacional e 70% de Hyde Park em Londres. Aos 20 anos era um jovem ambicioso que já não sentia a miséria que lhe assolou toda a infância. Tinha 7 empregados em cada um dos 6 parques para lhe cortarem a relva e já naquela altura ele lhes permitia descontar para a caixa, quando o imposto do IVA era apenas a 7%.
O Eduardo era visto com admiração, não só em Portugal, mas nos 7 cantos do mundo. Ajudava os mais pobres, nunca permitiu que a sua família passasse mal e aos empregados ainda lhes oferecia o subsídio do 7.º mês, como prémio pela lealdade ao longo dos anos. 7 dias antes da sua morte e já perto do abismo da vida, Eduardo já em convalescença, mas lúcido como sempre, acordou pelas 7h da manhã e mandou chamar a Branca de Neve e disse-lhe as seguintes palavras:
- Olá, Branca de Neve. Sabes a estima que sempre tive por anões [porque na altura em que foi para Estremoz, trabalhava com anões, que por virtude de não chegarem às oliveiras, apanhavam a azeitona do chão]... E se fosses ali acima ao mercado e comprasses 7 anões?
- Eduardo, mas já tens a mobília toda ocupada, para que queres mais peças de barro? E depois onde os metes?
- Anões de verdade, dos reais. A cada um deles deixarei como herança um dos meus parques...
- Eduardo, mas tens apenas 6 e lembra-te que o de Londres é teu e dos teus sócios.
E foi naquele instante que bateu à porta o Rei Eduardo VII do Reino Unido. Tinha visitado Lisboa anos antes para reafirmar a aliança entre os dois países e foi-lhe doado um espaço na altura ao cimo da Avenida da Liberdade com 7 hectares. Mas este estava falido e vinha falar com o Eduardo para ver se este o comprava.
O negócio ficou fechado ao fim de 7 longas horas de negociações por 7 contos. Já comprados os 7 anões, foi assim que Eduardo deixou em herança um parque para cada um. Este da imagem é o que o Rei vendeu a Eduardo, talvez o maior, mais bonito e imponente e o único que não chegou a visitar. Eu fi-lo por ele e fotografei-o. Faltavam 7 minutos para as 4h da manhã quando tirei esta fotografia. E hoje, 7 dias após a minha visita a Lisboa, decido publicá-la. Com uma história escrita em 7 minutos e ao acaso, é o Parque Eduardo VII...