Moeda chinesa passa a ser referência do cesto do FMI
Renminbi junta-se a dólar, euro, libra e iene no estatuto de reserva cambial do FMI.
A moeda chinesa, o renminbi, também conhecido como yuan, entrou no cabaz do Fundo Monetário Internacional (FMI), passados cinco anos da última decisão.
A instituição anunciou nesta segunda-feira a decisão de incluir o renminbi no conjunto que compõe os direitos especiais de saque (special drawing rights, SDR na sigla inglesa), o que faz com que a divisa seja uma das moedas mundiais de reserva.
Assim, a moeda chinesa passa, a partir de 1 de Outubro de 2016, a ser a quinta moeda a integrar o cabaz do fundo, composto pelo dólar norte-americano, pelo euro, pela libra esterlina e pelo iene japonês.
A especulação em torno da decisão do fundo veio crescendo no último ano e já só se colocava a questão de quando a instituição liderada por Christine Lagarde avançaria com a medida.
Pequim procurava o reconhecimento deste estatuto para a sua moeda para solidificar o reconhecimento como potência económica. Transacções realizadas pelo fundo, bem como por outras instituições financeiras internacionais, utilizam este pacote de moedas como referência, o que, de acordo com Lagarde, reforça a “integração da economia chinesa no sistema financeiro internacional.
De cinco em cinco anos o FMI revê a composição do cabaz sendo que, na última avaliação, em 2015, o fundo tinha rejeitado ao renminbi o estatuto de reserva cambial. Desta vez, em comunicado, o fundo refere que a divisa com maior circulação na segunda maior economia do mundo “cumpre os critérios existentes”.
A directora da instituição sedeada em Washington sublinhou que a integração da moeda surge também como “reconhecimento do progresso que as autoridades chinesas fizeram nos últimos anos ao reformar o sistema monetário e financeiro” do país.
Christine Lagarde apela à “continuação e aprofundamento” destes esforços, considerando que resultarão num “sistema monetário e financeiro mais robusto que, por seu lado, resultarão no crescimento e estabilidade da China e da economia global”.