Seis freguesias do concelho de Viseu vão ter uma rede de transportes “a pedido”. Além da linha de transportes urbanos, os cidadãos passam a ter uma ligação entre a sede da freguesia e a central de camionagem no centro da cidade a qualquer hora e todos os dias desde que sejam cumpridos alguns requisitos. O serviço só é activado se houver um mínimo de quatro passageiros e ao bilhete acresce mais 50% do preço normal. As freguesias abrangidas por esta medida são consideradas de baixa densidade e, para o presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, o objectivo é o de “colocar todos os cidadãos do concelho com mobilidade à porta” e “acabar com discriminações que existiam em alguns territórios”.  “Estamos a falar de um serviço moderno e eficaz”, sustentou.

O transporte “a pedido” faz parte de um projecto mais alargado que a autarquia planeou e para o qual lançou agora um concurso internacional de concessão.

O plano, designado de Mobilidade Urbana de Viseu (MUV), engloba ainda a criação de um circuito urbano como mini-autocarros e de um outro apenas para o Centro Histórico de Viseu com recurso a autocarros eléctricos.

“Vão ser criadas duas linhas de transportes urbanos para ligar dentro da cidade os espaços com mais população. Estamos a falar de escolas, hospital e espaços comerciais e que vão ser servidos por mini-autocarros com uma cadência de 20 minutos. Este serviço vai ser, numa fase inicial, subsidiado pela autarquia”, explicou Almeida Henriques.

Já para o centro histórico, o autarca anunciou que existirá um circuito permanente em que o “utente estende a mão e o autocarro pára”.

Para o funcionamento em rede de todo o serviço, será criada uma plataforma que vai permitir aos cidadãos “usarem com todas as vantagens” este sistema. A plataforma permite a possibilidade de comprar e pagar bilhetes online e será também responsável pelos painéis informativos nas paragens dos autocarros.

“Acresce ainda a reabilitação da atual central de camionagem com melhorias de condições para os operadores e criação de estacionamentos”, disse Almeida Henriques.

Segundo o autarca, “Viseu passa a estar bem dotado de uma rede de transportes e isso vai criar uma mudança de hábitos nos viseense que podem usar os transportes públicos em detrimento dos veículos próprios”.

“Estamos a falar de um investimento de oito milhões de euros a dez anos”, disse e que incluirá, no futuro, a criação de “uma cidade ciclável” e “a política de estacionamento”.

“É um plano virado para o futuro e para o conforto das pessoas”, anunciou Almeida Henriques no dia em que completou o seu segundo ano de mandato.