Faltaram os golos no regresso do Real Madrid ao Parque dos Príncipes

O embate grande da jornada não desfez a igualdade no topo do Grupo A da Liga dos Campeões.

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O que fazer? Miguel Medina/AFP

Estiveram vários milhões (de euros) em campo e vários milhares (de adeptos) nas bancadas, mas o Parque dos Príncipes não teve direito ao essencial do futebol: golos. O Real Madrid visitou, pela primeira vez em mais de 21 anos, o terreno do Paris Saint-Germain, mas o encontro não desfez a igualdade no topo do Grupo A da Liga dos Campeões. Com o empate 0-0, há agora sete pontos para cada um e zero golos sofridos (os merengues marcaram seis, contra cinco dos parisienses).

Na antevisão da partida, Rafael Benítez tinha-se defendido das considerações feitas por Laurent Blanc, que adivinhava um Real Madrid defensivo na capital francesa, com os números da Liga espanhola. O treinador do Real Madrid frisou que os merengues são a equipa que mais golos marca e que menos sofre no campeonato. Em Paris, sem poder contar com Gareth Bale, Karim Benzema ou James Rodríguez, o técnico espanhol alinhou a equipa em 4x4x2, com Jesé a fazer dupla com Cristiano Ronaldo na frente de ataque. Casemiro e Kroos tomaram conta do centro do meio-campo, com as faixas laterais entregues a Isco e Lucas Vázquez.

O saldo do encontro foi o equilíbrio entre as duas equipas. O PSG teve mais posse de bola (58%), mas foi o Real Madrid que fez mais remates (16, dos quais quatro enquadrados com a baliza adversária). “Talvez nos tenha faltado acutilância no ataque, mas saímos daqui contentes por somar um ponto num terreno difícil”, admitiu Sergio Ramos no final.

O guarda-redes do PSG, Kevin Trapp, teve uma noite mais atarefada do que Keylor Navas, obrigado a intervenções de nível perante Jesé (26’) e Cristiano Ronaldo (35’ e 36’). O internacional português ficaria muito perto do golo já na segunda parte, quando surgiu do lado esquerdo a concluir uma bela jogada do Real Madrid: o remate cruzado saiu ao lado por milímetros (72’).

Na outra partida do Grupo A, o Malmö somou os primeiros pontos ao receber e vencer o Shakhtar Donetsk. Rosenberg apontou o único golo do jogo na primeira parte, e os suecos ainda desperdiçaram um penálti aos 56’, por Djurdjic.

Numa noite europeia em que os golos escassearam, o Atlético de Madrid goleou o Astana por 4-0, no encontro que completou a jornada no Grupo C (o Benfica foi derrotado na Turquia pelo Galatasaray). Os colchoneros igualaram a equipa de Rui Vitória na liderança da classificação com um resultado esclarecedor na recepção aos cazaques. Saúl Ñíguez e Jackson Martínez marcaram no primeiro tempo, enquanto Óliver Torres e Dedechko (na própria baliza) completaram o resultado na segunda parte.

O primeiro lugar no Grupo B é ocupado pelo Wolfsburgo, que se isolou após receber e vencer o PSV Eindhoven (2-0). Bas Dost e Max Kruse fizeram os golos da equipa alemã. A partida teve sabor especial para o internacional português Vieirinha, que voltou a jogar na fase de grupos da Liga dos Campeões nove anos depois: o único jogo da carreira na principal competição europeia de clubes tinha acontecido em 2006-07, ao serviço do FC Porto. Em Moscovo, houve empate entre CSKA e Manchester United. Os russos chegaram à vantagem por Doumbia, na recarga a um penálti de Eremenko que De Gea defendeu. Mas Martial restabeleceu a igualdade.

Kevin De Bruyne, ao cair do pano, marcou o golo da vitória do Manchester City na recepção ao Sevilha (2-1). Antes da partida houve confrontos entre adeptos dos dois clubes. No outro jogo do Grupo D, Juventus e Borussia Mönchengladbach empataram 0-0. Os italianos fizeram dois remates enquadrados com a baliza, os alemães nenhum.

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