A TVI disse adeus ao comentador Marcelo num momento “pouco ortodoxo”

Marcelo Rebelo de Sousa despediu-se de 15 anos como comentador político na televisão depois de anunciar candidatura à Presidência da República.

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As sondagens dão Marcelo Rebelo Sousa como o grande favorito à corrida a Belém Diogo Baptista

A TVI chamou todos aqueles que ao longo dos anos partilharam o espaço de comentário com “o professor”. José Alberto Carvalho, Judite Sousa, Júlio Magalhães, Ana Sofia Vinhas, José Carlos Castro e João Maia Abreu. Juntou-se o actual director, Sérgio Figueiredo e lembrou-se Miguel Ganhão Pereira, já falecido, que também partilhou a mesa de debate com Marcelo.

Entre elogios ao comentador que também já foi presidente do PSD, lembrança de histórias bizarras e dos telefonemas para os jornalistas durante a madrugada falou-se por uma vez também de política. Judite de Sousa perguntou a Marcelo se a sua decisão de avançar para Belém tinha sido recente. O social-democrata respondeu de pronto: “Foi há pouco tempo, porque havia muitos factores a considerar, profissionais e pessoais.”

Marcelo disse que vai ter saudade dos comentários e não só: "É um encerrar de um ciclo de 40 e tal anos se considerarmos o ensino e o comentário." Os jornalistas não o disseram, mas também ficou claro que também vão ter saudades do seu companheiro de domingo. E Sérgio Figueiredo deixou um aviso a Marcelo: “A partir de agora não lhe vamos dar tréguas”.

“Não podem dar tréguas. Eu, se estivesse na vossa posição, não dava um minuto de tréguas”, respondeu Marcelo

José Alberto Carvalho terminou dizendo algo que muitos já tinham pensado: “Tenho a perfeita noção de que este momento de televisão foi muito pouco ortodoxo em televisão, mas, pronto, com ele encerramos este capítulo.”

Como sempre, até na despedida Marcelo gerou polémica. Na rede social Twitter choveram críticas à TVI, acusada de estar a fazer campanha ao candidato Marcelo, embora também surgissem elogios a este momento “pouco ortodoxo”.

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