Relógios crescem enquanto tablets acentuam queda

Cinco anos após o primeiro iPad, a IDC antecipa para este ano recuo de 8% nas vendas deste tipo de aparelho.

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Vários fabricantes estão no mercado emergente dos relógios ELIJAH NOUVELAGE/REUTERS

De acordo com os dados mais recentes da analista IDC, os chamados wearables estão a disparar. Esta é uma categoria de produtos que abrange equipamentos muito diferentes: dos relógios inteligentes onde podem ser instaladas aplicações, até às mais simples (e mais baratas) pulseiras que monitorizam o exercício físico e algumas métricas de saúde. A Apple, que começou em Abril a comercializar o seu relógio inteligente, é a mais recente entrada de peso no segmento.

No segundo trimestre deste ano, este mercado cresceu 223% no que diz respeito a unidades vendidas, por comparação com o mesmo período do ano passado. Tinha já crescido 200% ao longo dos primeiros três meses do ano. O ponto de partida é, porém, reduzido: entre Abril e Junho, foram postos à venda 18,1 milhões destes aparelhos, o que contrasta com 337,2 milhões de smartphones e 44,7 milhões de tablets.

A americana Fitbit, que desenvolve e comercializa pulseiras para adeptos do desporto, vendeu 4,4 milhões de unidades. A Apple entrou directamente para o segundo lugar na tabela de fabricantes da IDC, com 3,9 milhões de relógios. Em terceiro está a chinesa Xiaomi, cujos telemóveis chegaram recentemente ao mercado europeu, seguindo-se a americana Garmin e a sul-coreana Samsung (que foi a única a sofrer um recuo na procura).

O cenário de vendas é bem diferente no segmento dos tablets. Esta semana, a IDC reviu em baixa as previsões para este ano e estima que o envio deste tipo de aparelho para as lojas encolha 8% até ao final de 2015. É uma diferença significativa em relação às contas anteriores, que apontavam para uma queda mais moderada, de 3,8%. As projecções indicam que, até Dezembro, chegarão ao mercado 212 milhões de unidades.

Esta descida não é uma novidade. O primeiro tablet moderno – o iPad, da Apple – foi lançado já há meia década, dando origem a uma profusão de aparelhos do género, para todos os preços e muitos dos quais equipados com o sistema Android. Para além disto, vários fabricantes de telemóveis têm à venda modelos com ecrãs de grandes dimensões, que tornam mais estreita a margem para os consumidores conseguirem encaixar mais um ecrã nas rotinas quotidianas.

Os números divulgados pela IDC incluem os aparelhos híbridos, que conjugam tablets com teclados e se aproximam assim de computadores portáteis. Mas, para estes equipamentos, que representam apenas 7% das vendas, a analista antecipa um forte crescimento, impulsionado pelos clientes empresariais, que até aqui têm sido “relutantes”  face aos equipamentos "dois em um".

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