Prazo de candidatura ao programa Retomar prolongado por mais dois meses

Quem pretender regressar ao ensino superior tem até 10 de Outubro para apresentar o processo. Até esta sexta-feira foram submetidos cerca de 500 pedidos.

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Para a 3.ª fase há ainda mais de cinco mil vagas no superior José Carlos Coelho

Há duas semanas, os dirigentes associativos do ensino superior tinham exigido ao Governo um alargamento do período de acesso ao Retomar até 30 de Setembro, mas a tutela decidiu adiar o prazo um pouco mais, fixando o final das candidaturas a este programa a 10 de Outubro. Na reunião desta terça-feira com os estudantes, o secretário de Estado do Ensino Superior, José Ferreira Gomes, anunciou ainda que 10 de Outubro passará a ser, definitivamente, a data limite para as inscrições neste programa nos próximos anos.

O presidente da Associação Académica da Universidade do Minho vê as alterações agora introduzidas pela tutela como um passo “positivo”. “Este programa tem ficado aquém do ponto de vista da divulgação da parte das instituições”, aponta.

O Governo vai também enviar cartas às instituições de ensino superior, informando-as do alargamento agora definido no prazo de candidaturas e pedindo um reforço dos mecanismos de informação deste programa junto de potenciais interessados, que deve passar mesmo por contactar directamente alunos que tenham abandonado os estudos.

No ano passado, o Governo já tinha estendido as candidaturas até ao mês de Outubro. O programa Retomar foi lançado, em conjunto, pelo Ministério da Educação e Ciência e pelo Ministério do Emprego e Segurança Social como uma forma de cativar estudantes que tenham deixado o ensino superior a regressarem às universidades e politécnicos. Os estudantes que cumpram os requisitos definidos no regulamento deste apoio, recebem uma bolsa anual de 1200 euros.

Ao contrário do que aconteceu no ano passado, o portal da Direcção-Geral do Ensino Superior não tem divulgado as estatísticas com a evolução do número de candidatos ao programa Retomar. O acesso a esses números era uma das exigências dos dirigentes das associações académicas feitas há duas semanas. Na reunião desta sexta-feira, “não foi fornecido um ponto de situação”, conta Carlos Videira, da Associação Académica da Universidades do Minho. O número provisório avançado pela tutela aos estudantes aponta para um total de candidatos “a rondar o que se verificou no ano passado”, ou seja, pouco menos de 500 pessoas.

Na reunião desta sexta-feira com o Secretário de Estado do Ensino Superior, os estudantes também apresentaram o seu “programa de Governo” para a próxima Legislatura onde defendem, entre outras medidas, a criação de um Ministério do Ensino Superior no organograma do próximo executivo, à semelhança do que tinha acontecido até 2011.

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