Além de realizar, Jolie vai ainda produzir o filme que tem como base o argumento escrito a quatro mãos com Loung Ung, autora do livro First They Killed My Father: A Daughter of Cambodia Remembers (2000), criança na altura em que o Khmer Vermelho chegou ao poder no Camboja, onde ficaria durante quatro anos e a quem é atribuída a morte de perto de dois milhões de pessoas.

Loung Ung sofreu às mãos do regime. Foi criança-soldado num dos campos destinados a órfãos, separada dos irmãos que foram enviados para campos de trabalho forçado.

Autora e realizadora encontraram-se pela primeira vez em 2001. Jolie tem sido sensível às questões dos activistas que foram torturados ou mortos pelo Khmer Vermelho, enquanto enviada especial das Nações Unidas para os refugiados, e tem uma ligação forte ao Camboja por causa do seu primeiro filho adoptivo, Maddox, que nasceu naquele país. Segundo o Netflix, citado pelo Verge, está previsto que o jovem também tenha um papel na produção do filme.

Angelina Jolie considera que filmes como First They Killed My Father são “difíceis de ver mas devem ser vistos”. “São também difíceis de fazer. A Netflix está a tornar isto possível e estou ansiosa por trabalhar com eles e entusiasmada que o filme vá chegar a tanta gente”, acrescentou num comunicado divulgado esta sexta-feira.