Gabinete de Atendimento à Vítima do Porto já recebeu mais de mil pessoas este ano
Mais do que os números de cerca de dois anos de actividade, Fernando Rodrigues destaca a satisfação das vítimas que são atendidas no GAIV, onde trabalham um chefe e 16 agentes que se dedicam a este projecto em exclusividade. Na iniciativa estão também envolvidos o Departamento de Investigação e Acção Penal do Porto e o Instituto de Medicina Legal. “Notamos acima de tudo que as vítimas ficam satisfeitas, e isso é que é importante. Temos conseguido fazer com que entendam que não é o fim da linha, que há uma possibilidade”, frisa o responsável.
Fernando Rodrigues destaca ainda que o trabalho dos elementos da PSP, que quando necessário fazem o encaminhamento para outras instituições, não se esgota no atendimento: os agentes também elaboram “planos de segurança personalizados” (nos quais elencam conselhos para que as vítimas permaneçam em segurança) e é prática comum “contactar de forma periódica” as pessoas que atendem. Em 2014 foram 5798 os “contactos pós-denúncia” e no primeiro semestre deste ano já houve 3897.
O responsável pelo GAIV explica que este projecto foi criado “para servir as vítimas da cidade” do Porto, mas nota que hoje há também pessoas de fora que ali se dirigem. Algumas, conta, são pessoas “da franja alta”, às quais “não é fácil chegar” e que preferem procurar ajuda num sítio mais distante do seu local de residência.