Concorrência dá luz verde à venda da Imperial ao fundo Vallis
Maior fabricante de chocolates português vai ser detido por fundo de investimento com sede no porto e de direito Luxemburguês.
Numa nota divulgada no site oficial do regulador, lê-se que não houve “oposição à operação de concentração”, já que “não é susceptível de criar entraves significativos à concorrência efectiva no mercado relevante identificado”. A maior fabricante portuguesa de chocolates passará, assim, das mãos da RAR, cujo negócio principal é o açúcar, para a Vallis Sustainable, uma sociedade de direito luxemburguês, com sede no Porto, “que se dedica à realização e gestão de investimentos em empresas”.
Os investimentos da Vallis estendem-se à agricultura (na Hubel, produtora de frutos vermelhos), à medicina (clínicas dentárias e serviços de genética médica) ou à construção, área em que é mais conhecida. É liderada por Pedro Gonçalves, antigo presidente executivo da Soares da Costa e foi fundada por Eduardo Rocha, Luís Santos Carvalho e Luís Palma da Graça.
O Grupo RAR justificou a venda da histórica Imperial com um “contexto de avaliação e realocação dos activos”. Ainda recentemente se desfez da participação que tinha na agência de viagens Geostar e a Sonae (dona do PÚBLICO) passou a ser o seu único accionista.
“A Imperial, pela importância e reconhecimento que lhe são atribuídos, sempre despertou o interesse do mercado. O fundo Vallis Sustainable Investments I concretizou uma proposta de compra da Imperial que o Grupo RAR decidiu aceitar, ao fim de mais de 40 anos de detenção da empresa no seu portefólio”, disse a empresa num comunicado divulgado na altura da divulgação do negócio, em finais de Junho.
A Imperial é o maior produtor português de chocolates e com as marcas Jubileu, Regina, Pintarolas ou Pantagruel tem um volume de negócios de 27 milhões de euros. Assegura um quinto das vendas fora do país, exportando para 45 geografias.