TAP assegura 276 voos nos dez dias de greve
Companhia já reprogramou operação em função dos serviços mínimos, embora acredite que poderá assegurar mais ligações.
De acordo com a lista cedida pela transportadora aérea ao PÚBLICO, ficam assegurados 40 voos para os Açores ao longo da greve – dez entre em Lisboa e Ponta Delgada e os restantes entre a capital e a Terceira. Já para a Madeira, haverá pelo menos 30 frequências, a maioria entre Lisboa e o Funchal e apenas duas entre esta cidade e o Porto.
No caso dos destinos internacionais, o Brasil é o mais protegido pelos serviços mínimos, estando prevista a realização de 40 voos (20 entre Lisboa e São Paulo e outros 20 entre Lisboa e o Rio de Janeiro).
Para Angola, França, Reino Unido, Luxemburgo, Suíça, Alemanha, Bélgica e Itália, a listagem contempla um total de 20 voos no período da paralisação. E, por fim, no caso de Moçambique serão seis as ligações asseguradas.
A operação programada pela TAP corresponde exclusivamente aos serviços mínimos, podendo realizar-se mais frequências se os pilotos comparecerem ao serviço. O presidente da companhia de aviação afirmou na segunda-feira que tem a expectativa que seja essa a opção de alguns deles, depois de mais de 400 terem decidido participar nas reuniões que Fernando Pinto realizou na semana passada para debater a greve e a situação financeira da empresa.
Nesta terça-feira, o Governo voltou a fazer um apelo “à consciência individual” dos trabalhadores do grupo, com o secretário de Estado dos Transportes a declarar, citado pelo Lusa, que “há informação suficiente para que cada piloto, em consciência, possa tomar essa decisão”. “Se muitos decidirem trabalhar teremos certamente impacto menor da greve e uma melhor companhia aérea depois deste período de dez dias”, acrescentou Sérgio Monteiro.
Mas o pingue-pongue de palavras que esta paralisação tem gerado não ficou por aqui, já que o presidente do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil voltou a falar à Lusa, desta vez para criticar a ausência de sanções para o comprador da TAP se este quebrar o acordo selado com os representantes dos trabalhadores em Dezembro.
No entanto, a greve convocada por este sindicato continua a gerar mal-estar, tendo sido convocada uma concentração de trabalhadores contra a decisão dos pilotos. O programa prevê uma marcha silenciosa, marcada para as 12h, que arranca da portaria da sede da companhia e termina junto ao terminal dos tripulantes, com passagem pelas chegadas e partidas do aeroporto da Portela.