Convocada concentração contra a greve dos pilotos da TAP

Porta-voz dos trabalhadores que contestam a acção dos pilotos diz que a paralisação é uma "insentatez".

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Ao longo dos três primeiros dias de greve, a TAP prevê que poderão ser cancelados mais de 80 voos Raquel Esperança

"É muito importante que o Sindicato dos Pilotos perceba que existem rostos, para além do seu pequeno mundo, que estão em completo desacordo com tamanha insensatez", lê-se no email enviado esta terça-feira aos trabalhadores do grupo por Fernando Santos, trabalhador que tem sido porta-voz dos que criticam a luta do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC).

O programa prevê uma marcha silenciosa, marcada para as 12h, que arranca da portaria da sede da companhia e termina com uma concentração junto ao terminal dos tripulantes, com passagem pelas chegadas e partidas do aeroporto da Portela.

Os pilotos da TAP marcaram uma greve, entre 1 e 10 de Maio, por considerarem que o Governo não está a cumprir o acordo assinado em Dezembro de 2014, nem um outro, estabelecido em 1999, que lhes dava direito a uma participação no capital da empresa no âmbito da privatização.

Os oito sindicatos de trabalhadores da TAP que assinaram um acordo com o Governo em Dezembro - juntamente com o SPAC - consideraram esta terça-feira que só será possível verificar o seu cumprimento quando a transportadora aérea for privatizada. "Enquanto a empresa não for privatizada, não podemos saber se o acordo que assinámos vai ser cumprido ou não", disse à agência Lusa André Teives, presidente do Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA).